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POLÍTICA

Mazinho Serafim desafia Gladson Cameli e diz: faço muito melhor na saúde que o governo do Estado faz hoje

O prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (MDB) tem defendido a municipalização da Saúde do Vale do Purus. A ideia é fazer um consórcio entre as prefeituras de Manuel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira para que elas passem a administrar os recursos da Saúde enviados pelo Governo Federal. Mazinho alega para total abandono por parte do governo Gladson Cameli (PP) para com os munícipes do Vale do Purus.

“Eu quero viver esse problema, eu já disse que eu dou conta da saúde do Vale do Purus e faço muito melhor que o governo do Estado faz hoje. Os recursos vão sair de Brasília e vão ficar direto em Sena Madureira. Não vai vir para Rio Branco para depois a gente fazer essa ponte. Vai ser Brasília/Sena Madureira. Na verdade, isso só depende do governador querer para ajudá-lo e ajudar a população do Vale do Purus. Aquela população não vai mais vir aqui nas filas da Fundação”, completa Mazinho

A ideia de Mazinho encontrou abrigo no ceio da população quando o governador Gladson Cameli decretou estado de Calamidade na Saúde Pública do Acre. Sem meias palavras, o prefeito pede que Gladson cumpra o que sempre prometeu em campanha, ou seja, municipalizar a Saúde do Vale do Purus e consequentemente levar a experiência a outras regionais.

“Se ele está achando que estar pesado o fardo, tira um pouquinho desse fardo, pega a Saúde, eu já conversei com os outros dois prefeitos e eles concordam e deixa que a gente vai cuidar da Saúde do Vale do Purus. Antes da campanha e durante a campanha conversamos muito a respeito disso. Ele mesmo falava: ‘será uma das primeiras coisas que eu vou fazer’. Só que eu sei que ele quando ver o bolo que está dentro do orçamento dele e dar isso daí para nós do Vale do Purus cuidar aí ele não quer, porque ele vai perder isso daí. Se está pedindo falência para a Saúde, tire o Vale do Purus do meio dessa falência e deixe para gente passar esses últimos dois anos cuidando”, aconselha o emedebista.

Ao que parece, Gladson Cameli encontrou uma pedrinha no sapato, Mazinho Serafim abriu o verbo e denunciou que a Sesacre não passa os repasses mensais para a compra de medicamentos para Sena Madureira. Ele explica que apenas com recursos próprios da Prefeitura e do Governo Federal são adquiridos os medicamentos que atendem Sena. Mazinho Serafim não poupou nem mesmo a gestão do ex-governador Tião Viana, que segundo ele, não repassava os recursos também.

“Hoje eu convido você a fazer uma visita à Saúde Municipal de Sena Madureira. Todos os postos muito bem reformados, a farmácia municipal que não tinha, a gente fez uma farmácia nova. As pessoas às vezes falam: ‘ah, não tem remédio’. Ora, vou te contar a história dos remédios. Hoje tem uma lei que a prefeitura municipal tem que depositar R$ 6.600,00 para comprar remédios, o governo tem que repassar todo mês R$ 19 mil para o município comprar o remédio, o governo do Estado tem que repassar todo mês R$ 9.000,00 para aquisição de remédios. O que acontece? Só quem deposita esse dinheiro todo mês é a prefeitura de Sena Madureira e o Governo Federal. O governo do Estado, tanto esse que passou quanto esse, não colocou um centavo para comprar remédio. Não obedece nem a lei”, dispara.

Ainda sobre os medicamentos, Mazinho Serafim acrescenta: “As pessoas ainda falam. Mas veja bem se você pegar R$ 19 mil mais R$ 6.600 vai chegar próximo de R$ 26 mil. Só que todo mês eu não compro menos que R$ 40 mil, eu faço mais que o meu dever. A gente compra o remédio e coloca na farmácia”, completa.

 

Mazinho Serafim promete organizar uma caravana formada pelos prefeitos das três cidades para uma audiência com Gladson Cameli. O leão do Purus como está sendo chamado nos bastidores pretende abalar a Casa Azulada com seu rugido nos próximos dias. Polêmico, o prefeito não esconde seu descontentamento com a postura adotada por Cameli.

“Vamos marcar uma audiência com o governador para municipalizar isso. Não queremos que as pessoas venham de Sena Madureira para cá. Hoje, Sena faz um serviço que também é do Estado. Paga 100% uma Van que pega as pessoas em Sena Madureira todos os dias e traz para a Fundação. Esse trabalho quem tem que fazer é o Estado. Se ele não faz, eu não vou abandonar o meu povo”, pontua.