Mágoa. Essa é a palavra que define a relação entre o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (União Brasil) e o presidente do MDB, Flaviano Melo. Durante o Papo Informal desta quinta-feira (7), Mazinho contou detalhes da sua saída do MDB. Ele deixou claro ao jornalista Luciano Tavares de que Flaviano foi o pivô para a saída dele da sigla.
“Fui para Brasília nas últimas semanas para conversar com o presidente do MDB, Baleia Rossi, até por meio do senador Eduardo Braga (MDB/AM), meu amigo pessoal. Depois disso aí não resolveu a questão que eu tinha para falar com ele, e disse que eu tinha que resolver no Acre. Liguei para o Flaviano e conversei com o Flaviano e fiz duas perguntas. Um dos pedidos era uma coisa decidida minha, era a questão da primeira suplência da candidata Jéssica Sales. Eu não queria que a minha esposa disputasse uma eleição estadual mais. Eu não queria mais que ela concorresse. Infelizmente, eu recebi uma resposta do Flaviano que eu nunca esperava: ‘se era uma imposição minha, a porta da rua era a serventia da casa’. Eu fiquei muito triste com isso”, desabafou o prefeito do Vale do Iaco.
Após a negativa de Flaviano Melo e Baleia Rossi, Mazinho Serafim disse que foi amparado pelo senador Marcio Bittar, que foi ao hotel em que estava hospedado Mazinho, em Brasília, e conversou por seis horas com o prefeito.
“O Marcio Bittar foi lá no hotel, lá em Brasília, conversamos das 4 da tarde às 10 da noite. O Márcio Bittar é o responsável por eu estar na base do governo. No outro dia, o governador foi no hotel e foi uma longa conversa. Eu conversei bastante com o governador e decidi voltar”, revelou sem detalhar o que o teria convencido a regressar à base de Cameli.
Sobre sua relação com Gladson Cameli, Serafim foi cirúrgico: “se o nome não fosse política, ia se chamar matemática, uma conta exata. Política é política. Muitas vezes a gente erra e temos o direito de voltar atrás. O governador está buscando corrigir os erros que cometeu e procurando acertar. Essa minha vinda para a base do governo é bom principalmente para o meu povo de Sena Madureira. Não vou deixar meu povo sofrendo por conta do meu ego. O meu ego está abaixo do meu sapato”.