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POLÍTICA

Médico e vereador denuncia Into por omitir informações sobre atendimento a pacientes: "Funciona com uma caixa preta"

Médico e vereador denuncia Into por omitir informações sobre atendimento a pacientes: "Funciona com uma caixa preta"

O médico infectologista e vereador Eduardo Farias (PCdoB) disse na manhã desta terça-feira (24) na sessão da Câmara Municipal que o Into, unidade referência no atendimento a pessoas com covid-19 em Rio Branco, funciona como uma verdadeira "caixa preta" quando não informa aos familiares dos pacientes quais os protocolos usados e a conduta do hospital para tratar quem está internado no local.

O médico informou que esteve na unidade para saber informações sobre um amigo e paciente dele, o enfermeiro Francisco do Nascimento Almeida, que morreu anteontem vítima de covid-19, porém uma das diretoras da unidade o tratou com desrespeito e se negou a prestar as informações solicitadas.

"Eu acompanhei o caso de um amigo que infelizmente foi infectado por essa doença e ao chegar lá pedi para ver o prontuário dele com um outro colega médico, pois além de ser um amigo era um dos meus pacientes, mas fui destratado e acusaram-me de estar tentando tumultuar ou fazer politicagem, e não fiz em momento algum a referência de que sou vereador, precisamos apurar essas condutas e buscar providencias”, afirma.

Eduardo Farias diz que ouviu de diversas pessoas na própria unidade que há omissão nas informações.

O médico e vereador acrescentou ainda que parte da equipe médica que atende no Into é composta de profissionais recém-formados, o que para ele é preocupante, já que tratar de pacientes com uma doença tão complexa requer experiência.

O parlamentar pediu ao Ministério Público, ao Conselho Regional de Medicina, à Assembleia Legislativa e à Câmara de Vereadores que fiscalizem a atuação da unidade.

"A Medial é uma empresa contratada pelo Estado do Acre e está tratando com uma frieza que assusta as pessoas de Rio Branco. Não está tendo qualquer sensibilidade com a dor de quem fica fora. Você entrar com sua mãe lá, filho, esposa, quem quer que seja, você não vai ter nenhum outro acesso, a não ser um telefonema de uma vez por dia de alguém explicando umas coisas que você muita das vezes não entende o que estão dizendo. Outra informação que tenho de lá também é que uma boa parte dos colegas que atendem lá são recém-formados, nada contra quem é recém-formado, mas pra lidar com doentes de tamanha complexidade e gravidade tem que ter pessoas experientes ali também para poder balancear esse atendimento."