Enfrentando mais uma onda da covid-19, causada por subvariantes da ômicron e uma aumento do número de casos de meningite, a Saúde do Acre pode chegar à beira do colapso, caso os médicos do Igesac prometam o que decidiram ontem, em assembleia geral. Os trabalhadores pretendem parar as atividades a partir do dia 12.
A categoria alega que não há avanços nas negociações com o governo. Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Guilherme Pulici, a luta é pela isonomia. Os profissionais reivindicam os mesmos direitos que as outras categorias da saúde contratadas pelo antigo Pró-Saúde, atual Igesac.
“A gestão parece discriminar os médicos e as reivindicações. Há meses buscamos negociar, e nossas demandas acabaram negadas, sendo aceitas quando outras categorias apresentaram os mesmos pedidos”, explica o sindicalista.
Eles afirmam também que há 7 anos a categoria não tem avanços salariais, mesmo enfrentando a pandemia da covid-19. O que foi resposto neste tempo foi apenas o reajuste geral concedido a todos os servidores públicos, de 5,42%, aprovado em abril deste ano.
Por fim, os médicos reivindicam a redução de 13 para 12 dos plantões mensais, além de 30% de gratificação para os plantões noturnos.
Casos de covid e meningite
Ontem, 1º, o Acre registrou 2 mortes por covid-19 e 248 novos casos da doença. Ainda na quinta-feira, a Agência de Notícias do Acre publicou reportagem alertando para o aumento dos casos: De acordo com reportagem “Saúde alerta para aumento de casos de meningite no Acre”, de janeiro deste ano até ontem, “foram notificados 67 casos suspeitos da doença com 13 casos confirmados. Entre os óbitos, 1 foi por meningite fúngica e três por meningite viral. A taxa de letalidade encontra-se em 30,7%, representado um aumento de 19,6% em relação a 2021”.