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POLÍTICA

Médicos entram em estado de greve e dão prazo de 40 dias para o governo atender demandas

Médicos entram em estado de greve e dão prazo de 40 dias para o governo atender demandas

Indignados pela falta de valorização da classe, sofrendo cortes em gratificações e plantões, os médicos decidiram, de forma unânime, entrar em estado de greve, dando um ultimato ao governo do estado para que garanta todos os direitos, incluindo a necessidade de avanços nas negociações do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). A postura da categoria foi tomada na noite de quinta-feira, dia 6, em uma assembleia geral extraordinária (AGE) híbrida, convocada pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC).

O alerta será enviado aos gestores estaduais, estabelecendo como prazo final o dia 17 de julho, quando deverá ocorrer mais uma AGE que poderá confirmar a deflagração do movimento de paralisação por tempo indeterminado e a suspensão dos plantões extras.

“Oferecemos um prazo de mais de 40 dias para que o governo não possa alegar falta de tempo para o diálogo, pois sempre estivemos dispostos a negociar. A greve só será deflagrada se o governo não atender nossas demandas. A situação é de muita revolta entre os médicos, porque trabalharam, mas estão vendo suas gratificações serem cortadas de forma ilegal”, explicou o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.

Enquanto não há avanços, o Sindicato está elaborando um dossiê com todas as irregularidades cometidas pelo governo, que deverão ser apresentadas às autoridades fiscalizadoras, podendo haver punições aos gestores.

Desde o primeiro mandato de Gladson Cameli, os representantes do Sindmed-AC tentam negociar a reforma do PCCR, enfrentando ainda queixas de uma série de problemas, como cortes de remunerações, o que representa sinais da falta de interesse dos gestores em resolver essa situação.

“A situação vivenciada pelos médicos é vexaminosa, pois não temos conhecimento em toda a história do Acre de que nenhuma outra categoria tenha gratificações e adicionais, que são garantidos por lei, cortados de forma reiterada e arbitrária. Além disso, o estado já extrapolou os prazos prometidos constantes do cronograma para a apresentação do PCCR. Os médicos têm manifestado o desejo de que ele seja específico para a nossa carreira”, finalizou o vice-presidente Rodrigo Prado.