Com a presença do filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente Goulart, os membros do Partido Comunista do Brasil no Acre, realizaram a sua 15ª Conferência Estadual. Na oportunidade, eles aprovaram o nome do vereador de Rio Branco, Eduardo Farias, para continuar presidindo o PCdoB pelos próximos dois anos. Ao lado dele, na vice-presidência, Chagas Batista. Ao todo, a diretoria estadual é composta por 67 integrantes.
O deputado estadual Edvaldo Magalhães disse que este é o momento da esquerda brasileira reavivar as esperanças e lutar por um Brasil mais justo e igual para todos. Ele lembrou que a onda bolsonarista está em queda. Para ele, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de cumprir a Constituição, trouxe o sentimento de um novo Brasil que está à porta.
“Quando terminou as eleições do ano passado, quantos dirigentes, quantos militantes, não só do PCdoB, da esquerda, mas de todo mundo, cabisbaixo, achando que o mundo ia se acabar, que não tinha perspectiva achando que essa onda bolsonarista era uma coisa que não se podia enfrentar tão cedo. Mas, os acontecimentos da semana, não só de ontem, a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal de corrigir a vergonha que eles mesmo promoveram, de dizer que a Constituição precisa ser cumprida e a aquela decisão de cumprir a Constituição fez com que o ex-presidente Lula pudesse voltar a ter a liberdade precisa ser comemorada pelos comunistas dessa conferência. Palmas para a legalidade”, disse o parlamentar.
Em outra linha de raciocínio, Edvaldo Magalhães comentou sobre a luta em defesa dos trabalhadores acreanos contra a reforma previdenciária proposta pelo governador Gladson Cameli (Progressistas).
“Essa semana também foi o momento do nosso reencontro também com a luta popular dos servidores públicos do nosso Estado. Nós ajudamos a desmascarar o governo enganador. A reforma da previdência que o Gladson Cameli apresentou para o Acre é mais perversa do que a reforma do Bolsonaro. Essa Conferência, ela acontece num momento especial, que é de construção de perspectiva de futuro”, completou.
Já a deputada federal, Perpétua Almeida, disse que “é preciso ampliar o leque daqueles que defendem um País democrático, um País que caiba todos os brasileiros. E a nossa firmeza, a nossa luta de levantar a bandeira do socialismo, a bandeira de um salário mínimo melhor, a bandeira de justiça para todos. É essa a nossa tarefa, do nosso Partido, o PCdoB”.
Os comunistas acreanos lembraram, ainda, o ato do ex-presidente João Goulart que reconheceu em 1962 o movimento autonomista e assinou a criação do Estado do Acre, deixando de ser apenas território da União, mas integrando-o ao conjunto de unidades federativas. Nesse sentido, o filho de Jango, João Vicente Goulart, ressaltou que “é importante para mim estar aqui no Acre hoje. Esta emoção profunda se dá por diferentes coisas. Uma por conhecer o Acre, o estado que meu pai, o presidente João Goulart, emancipou em junho de 1962”.
Ele pontuou, ainda, que o Brasil vive hoje uma ditadura fantasiada, diferente daquela que tirou o mandato de presidente de seu pai, mas que opera de modo parecido. Vicente Goulart disse que não se pode compreender que os ministros indicados por Bolsonaro trabalhem contra as pastas que ocupam.