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POLÍTICA

Ministra Marina Silva evita comentar licença do Ibama à Petrobras para perfuração de poço na foz do Amazonas

Ministra Marina Silva evita comentar licença do Ibama à Petrobras para perfuração de poço na foz do Amazonas

A decisão do Ibama de autorizar a Petrobras a iniciar a perfuração de um poço exploratório em águas profundas no litoral do Amapá, próximo à foz do rio Amazonas, tem gerado repercussão política e ambiental — mas sem comentários da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A autorização ocorre a menos de um mês da COP30, conferência climática da ONU que será realizada em Belém (PA).

Segundo nota oficial do Ministério do Meio Ambiente, Marina não se pronunciará sobre o tema na segunda-feira, 20. A postura de silêncio segue o padrão adotado pela ministra desde o início do terceiro mandato do presidente Lula e remete a episódios anteriores de divergência interna no governo, como sua saída da pasta em 2008 após discordar da construção da usina de Belo Monte.

Exploração ainda em fase inicial
A licença concedida pelo Ibama se refere à Atividade Pré-Operacional (APO), autorizando a Petrobras a realizar levantamentos geológicos no bloco FZA-M-059, localizado a cerca de 500 km da foz do Amazonas e 175 km da costa. O objetivo é avaliar a viabilidade econômica e técnica da exploração de petróleo e gás na região. A estimativa é que a fase de prospecção dure cinco meses.

A autorização não permite, neste momento, a produção de petróleo ou gás. Caso os estudos indiquem viabilidade, a empresa deverá entrar com novo pedido de licença para a fase de exploração comercial.

Enquanto Marina mantém silêncio, outros setores do governo e lideranças políticas manifestaram apoio à medida. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância estratégica da região para a segurança energética nacional e afirmou que a operação será conduzida com “responsabilidade ambiental”.