A ministra do planejamento e orçamento, Simone Tebet, sinalizou a inauguração da rota 3 – Quadrante Rondon – que passa pelo Acre rumo ao Pacífico para este ano. Ela foi convidada para falar sobre o Programa de Aceleração do Crescimento em audiência pública conjunta das comissões de infraestrutura e desenvolvimento regional, no Senado Federal, na manhã desta terça-feira, dia 2, em Brasília.
Tebet voltou a defender a rota Quadrante Rondon, principal acesso ao Pacífico pelo Acre como “rota celeiro do Brasil”. Ao lembrar a inauguração do Porto de Chancay em novembro deste ano, Tebet afirmou que empresários brasileiros estão procurando o governo federal com a oportunidade de escoar a produção do norte. “A rota celeiro do Brasil, só Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são responsáveis por 30% das exportações de comodities de grãos. Isso falando apenas da parte de alimentos”, destacou.
A ministra citou o corredor como fundamental para o Acre e Rondônia pela ligação com os portos de Lima (Peru) e, principalmente pelo acesso dos portos chilenos. Tebet defendeu a importância da rota para Bolívia que não tem acesso ao atlântico.
“Eles têm o que o Brasil não tem, fertilizantes, que é o que existe de mais caro hoje pra gente produzir. Eles têm minérios, nós temos comida para entregar para eles, essa integração é fundamental, tem que ser importante para a América do Sul porque se não eles não participam”, acrescentou.
A ministra, bastante otimista, lembrou das obras do Anel Viário via município de Brasileia, afirmando que “pelo Acre a rota será em breve inaugurada, assim que em novembro o Porto (de Chancay) estiver pronto”, assegurou.
No aspecto temporal, Simone Tebet lamentou que a ponte de Guajará-Mirim, que liga Rondônia a Bolívia, embora licitada, tenha a previsão de ficar pronta somente há dois anos e meio. “O presidente Lula vai dar a ordem de serviço, a obra custa mais de R$ 450 milhões pelo Programa de Aceleração do Crescimento”, analisou.