O secretário adjunto de Educação, ex-deputado Moisés Diniz, criticou a condenação antecipada que sofrem o governador Gladson Cameli e membros do governo alvos da Operação Ptolomeu, da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (16) e que apura supostos casos de corrupção.
Diniz rememorou o caso G7, também da PF, que prendeu secretários de Estado e empresários no governo Tião Viana em 2013 e foi veementemente combatida à época pelo PT e partidos de esquerda em ato público na frente do Palácio Rio Branco e nas redes sociais. Anos depois, as pessoas presas na operação foram inocentadas pela Justiça.
Diniz também afirmou que é solidário e confia em Cameli. O ex-deputado disse que estão fazendo festa antecipada em assunto que cabe exclusivamente à Justiça.
"Eu estou vendo muita gente, inclusive de esquerda já julgando o governador Gladson Cameli. Eu queria dizer a essas pessoas que tivessem calma. Jornalistas, políticos de esquerda tenham muito calma. Todos vocês lembram o que aconteceu nos governos da Frente Popular. Vocês lembram o que aconteceu com a G7, que não foi só operação policial. Teve prisão de secretários de Estado, teve prisão de empresários na penitenciária e sabe o que foi que aconteceu? Um ficou inutilizado para o resto da vida e outro morreu de aneurisma cerebral, o Sasai (Carlos Sasai, empreiteiro), no meio das denúncias sendo atacado como criminoso. Não tentem se fazer de justiceiros para depois cometerem a mesma injustiça que vocês cometeram. Vocês lembram da festa que fizeram em relação ao Lula, em relação ao Moro, os aplausos, e o que deu depois. Tenham calma, porque as investigações apenas começaram. Não há nada definido, não há ninguém condenado, e eu quero aqui colocar publicamente a minha solidariedade e a minha confiança no governador Gladson Cameli e na sua idoneidade. Quando encerrar as investigações eu me posicionarei. Em relação ao G7 foi do mesmo jeito. Eu nunca me posicionei nem a favor e nem contra o G7, mas houve inclusive ato público do PT e da esquerda em frente Palácio para combater o G7 que era uma decisão da Justiça. Sou contra o governo ir para a frente do Palácio. Muitas vezes a Polícia Federal age e depois é provado que não havia os crimes que ela estava investigando no final das investigações. Isso é normal, isso é o papel de uma polícia, da Polícia Federal. Cuidado com essa festa antecipada que estão fazendo e tirar das mãos da Justiça um assunto que cabe exclusivamente à Justiça”, ressaltou.