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POLÍTICA

Moises Diniz critica uso da linguagem neutra e diz que língua não se muda por questões identitárias

Moises Diniz critica uso da linguagem neutra e diz que língua não se muda por questões identitárias

O ex-deputado Moisés Diniz, membro da Academia Acreana de Letras, usou as redes sociais nesta quinta-feira, 05, para criticar a linguagem neutra que foi usada nas posses de pelo menos seis novos ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na publicação, o professor afirmou que “todes” não está em vigor na língua de Camões e Machado de Assis. Segundo o Cacique, não se muda uma língua assim, da noite pro dia, em nome de questões identitárias.

“Exige-se profundo e longo debate na sociedade e com os estudiosos da língua pátria. Nenhum governo tem o poder de fazer isso por conta própria, sem estudo e debate com os grandes estudiosos da língua pátria e aprovação pelas instituições afins, inclusive, a comunidade da Língua Portuguesa. O novo Acordo Ortográfico demorou 80 anos para ser modificado e aprovado por 10 países de Língua Portuguesa”, afirmou.

“Uma língua unificada, forte, culta, mas, respeitando seus dialetos e expressões populares, entendendo a linguagem neutra em determinadas situações, é o caminho para o Brasil se consolidar e crescer no cenário mundial, na economia, na literatura, na ciência, no turismo e nas artes. Atualmente, o português é uma das 10 línguas mais faladas no mundo, é o idioma oficial de 9 países, de mais de 250 milhões de nativos e de aprendizes como segunda língua, além de ser a terceira língua mais utilizada no Facebook”, acrescentou.