O líder do governo, Manoel Moraes (PP), de forma autoritária, deu um verdadeiro "puxão de orelha" nos deputados da base de sustentação do governo na Aleac.
Admitindo que o Estado "tem grandes problemas", Moraes disse que é preciso paciência, competência, além de cobrar solução, mas que "não dá para que a gente seja pautado todo dia por duas, três pessoas, por uma potoca, pois uma potoca se torna uma mentira que pauta todo nosso trabalho. Nós não vamos aceitar essa situação. Nós temos que criar aqui, meus amigos da base, um novo normal, e qual é o novo normal da democracia? É quem tem a maioria dita as normas. Vejo aqui alguns colegas criticando quando um secretário comprou um carro, quando faz uma viagem, isso é normal", disse o líder do governo.
Como diz o dito popular de que "para bom entendedor, um pingo é letra", Manoel Moraes deu um recado claro. A partir de agora, a base deixa de repercutir os assuntos levantados pela oposição e passa a destacar as ações do governo e a oposição pode ter dias ainda mais difíceis na Casa do Povo.
A resposta, às declarações de Manoel Moraes (PP), veio do deputado Emerson Jarude. Ele disse que, toda vez que houver desmandos no estado, serão denunciados na tribuna da Assembleia Legislativa do Acre. “Parece que o líder do governo quer dizer que a gente quer atrapalhar o Estado. Quando na verdade, estamos buscando ajudar para que justamente, nós consigamos resolver os principais problemas da nossa população. A ponte não começou antes, porque segundo declarações, não tinham pago para eles começarem. Então, são situações como esta que atrapalha a vida do cidadão acreano. O estado do Acre está acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal e isso traz uma série de complicações. Estamos colocando em risco o recebimento de R$ 170 milhões do governo federal, porque simplesmente o governo ignora e continua contratando cargo comissionado a rodo. Toda vez que isso acontecer, vamos subir à tribuna e denunciar”, disse o deputado do Novo.