..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍTICA

MP deve se posicionar contra kit covid de Bocalom; vereadora e médica vai entrar com ação

MP deve se posicionar contra kit covid de Bocalom; vereadora e médica vai entrar com ação

A polêmica proposta da prefeitura de Rio Branco de distribuição do kit covid com cloroquina, azitromicina e ivermectina nos postos de saúde foi parar no Ministério Público do Acre, que deve nos próximos dias emitir recomendação ao Município.

O promotor de Defesa da Saúde, Gláucio Ney Oshiro, disse à Rede Amazônica (TV Globo local) que o MP vai discutir as providências que serão tomadas sobre o kit covid para evitar que a prefeitura despedisse recursos públicos com a compra de medicamentos ineficazes contra a covid-19.

“Aqui dentro do Ministério Público vamos discutir quais providências vão ser tomadas. Primeiro afim de esclarecer ao gestor sobre eventualmente um comportamento ineficaz. O segundo ponto é se esse comportamento pode resultar em gastos desnecessários, ou pior, gastos que poderiam estar sendo indicados para outros tratamentos comprovados e cientificamente recomendados”, pontuou à emissora de TV.

A distribuição do kit covid veio à tona durante entrevista do secretário de Saúde do Município, Franck Lima, no sábado passado.

Nesta terça-feira (9) durante sessão na Câmara de Rio Branco, com a participação do prefeito Tião Bocalom, o assunto ganhou nova repercussão quando a vereadora Michelle Melo (PDT), que é médica de família e comunidade, questionou o prefeito sobre a eficácia do kit, em especial da cloroquina. O prefeito admitiu a não comprovação científica do medicamento contra a covid-19, mas afirmou que há pessoas que manifestaram sintomas leves da doença como ele e o governador Gladson Cameli que fizeram o uso da cloroquina.

A parlamentar disse na manhã desta quarta-feira ao Notícias da Hora que vai entrar com uma ação no Ministério Público para impedir o uso da cloroquina em pacientes com covid-19.

"Ele disse que tinha evidências de que funcionava. Então eu fiz o requerimento, solicitei, conversei com ele para que me encaminhe essas evidências. Caso ele não me encaminhe vamos estar entrando com essa ação no Ministério Público e com outras ações legais cabíveis. Se ele não estiver dentro da legalidade ele está dentro do que se enquadra e o que a gente chama de curandeirismo, que é receitar fora do exercício legal da medicina uma medicação para a população, e isso não pode ser feito

No requerimento encaminhado ao prefeito, a vereadora pede os nomes dos membros do Comitê Científico da Prefeitura que tem os
estudos e dados epidemiológicos que embasam as evidências de
sobre eficácia da cloroquina; o protocolo clínico que embase a entrada da medicação como
tratamento para covid-19 no município; e a ata de reunião e aprovação do conselho municipal de saúde que
efetive a cloroquina como tratamento para covid-19 no nosso município.