O deputado Daniel Zen (PT) disse que é preciso “pegar quente” no enfrentamento à pandemia da covid-19 no Acre, se quiser reduzir o número de mortos e de pessoas contaminadas pela doença. O parlamentar frisou que não se pode temer a impopularidade na tomada de decisões firmes de enfrentamento à pandemia.
“Não dar pra suspender no sábado e no domingo [vacinação], sob a justificativa do lockdown. Não dar. Tem que levar a sério, tem que pegar quente, tem que ter firmeza de atitudes, de propósitos. O que está faltando na gestão de combate a pandemia é pulso firme. É saber e querer aguentar o tranco de tomar as decisões impopulares. Porque vai perder popularidade, mas vai salvar vidas e lá na frente a história vai reconhecer”, disse Zen.
Ele também frisou que os que evitam tomar essas medidas hoje, amanhã serão lembrados pela história também. “Agora se não tiver pulso firme, não tiver coragem, não quiser aguentar o tranco de tomar as medidas impopulares agora, lá na frente a história também vai cobrar”.
Mas, o mais duro e grave do discurso de Zen veio na sequência. O parlamentar afirmou que pacientes têm morrido na UTI do Into no processo de intubação e extubação, que é o processo de retirada dos tubos introduzidos na garganta do paciente. Ele mencionou que falta experiência entre o corpo clínico do Into e há casos de imperícia.
“Priorizou-se muito a ampliação dos leitos de UTI. Moral da história? Atendimento de péssima qualidade na UTI do Into porque não tem intensivistas suficientes. Os profissionais, são profissionais, com todo respeito, são profissionais guerreiros, estão aí lutando, mas muito deles recém saídos da faculdade. Nunca entubaram um paciente. Tem notícias de paciente que morreu de sede na UTI porque o pessoal depois que entubou, superventilou o cara, não sabe que tem que molhar a boca do cara com algodão, pô. Não sou da área médica, mas a gente tem uma noção. A gente recebe todo tipo de notícias, gente que morre no processo de intubação e extubação”.