O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), Adailton Cruz, trouxe uma série de preocupações com relação ao orçamento da Saúde. Ele pontuou que é preciso recursos para reduzir o déficit de estrutura instalada, que atualmente é de 50%. Ele afirmou que a peça orçamentária não contempla essa questão.
“A primeira é de estrutura. Temos um déficit de 50% de estrutura instalada. E no orçamento está claro que não tem recurso pra isso. E outro ponto é o trabalhador que está em um processo de defasagem muito grande”, pontuou.
O sindicalista, que foi eleito deputado estadual este ano, também demonstrou preocupação com o fim do Auxílio Saúde de R$ 420,00 que encerra dia 30 de dezembro. Ele pediu a ampliação do prazo. Cruz disse que o impacto financeiro, se mantido em 2023, não chega a R$ 32 milhões.
Ele defendeu, também, reformulações no pagamento do plantão extra de 12 horas, que hoje é de R$ 60,00, com os descontos cai para R$ 48,00. “Não dar mais para o servidor conviver com um plantão extra de 12 horas, numa UTI, numa emergência, de R$ 60,00, quando tira os descontos obrigatórios, cai para R$ 48,00. Se for reajustado, conforme o que a gente pediu, não vai atingir, por ano, R$ 70 milhões”.
E por fim, ele cobrou a reformulação do Plano de Cargos , Carreiras e Remunerações (PCCR). “Precisamos, no mínimo, de R$ 250 milhões para começar a reformular o Plano de Carreira dos Servidores em Saúde do nosso Estado”.
As declarações de Adailton Cruz foram durante a audiência, na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira, 8, que discutiu o Orçamento do Estado para 2023.