DIFÍCIL RESPIRAR!
A qualidade do ar em Rio Branco está alarmante, com índices de poluição chegando a 99 µg/m³, conforme dados da plataforma Purple Air, divulgados nesta quinta-feira, 15. Este valor representa cerca de seis vezes o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera aceitável um nível de 15 µg/m³.
A plataforma de monitoramento, que utiliza sensores instalados em diversas localidades do Estado, aponta que os níveis de poluição permanecem acima dos padrões preocupantes na maioria das cidades do Acre. Índices acima de 250 µg/m³ são classificados como alerta para emergência em saúde, com probabilidade de afetar toda a população em 24 horas de exposição.
Atualmente, a medição em Rio Branco e outras cidades está significativamente abaixo do nível extremo, mas ainda assim apresenta riscos para a Saúde.
Durante a manhã desta quinta-feira, a medição do poluidor no campus da Universidade Federal do Acre (Ufac) variou entre 67 e 99 µg/m³. Esses índices são preocupantes, especialmente para a população vulnerável, que pode sofrer efeitos adversos com exposição prolongada.
Outras cidades acreanas também enfrentam níveis de poluição acima do aceitável. Em Brasiléia, o índice era de 88 µg/m³ até as 10h da manhã, enquanto em Cruzeiro do Sul e Porto Acre, os níveis foram de 32 µg/m³ e 56 µg/m³, respectivamente. Em Santa Rosa do Purus, Assis Brasil, Sena Madureira e outras localidades, as medições também superaram os limites recomendados.
O Estado registrou o maior número de queimadas no mês de julho em oito anos, com 544 focos detectados até o dia 30, conforme dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Entre janeiro e 30 de julho, o Acre acumulou 10% do total de focos detectados em 2023, comparado aos 6.562 focos registrados no ano anterior.