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POLÍTICA

Na Difusora, Major Rocha diz que Guardião será comandado por conselho sem fins políticos e admite déficit nas polícias Militar e Civil

Na Difusora, Major Rocha diz que Guardião será comandado por conselho sem fins políticos e admite déficit nas polícias Militar e Civil

Segurança, produção, infraestrutura e economia foram alguns dos assuntos abordados pelo governador em exercício Major Rocha com um certo ar de polêmica  no programa Gente em Debate, da Rádio Difusora Acreana, emissora do Sistema Público de Comunicação, nesta quarta-feira, 01.  
 
Ao falar sobre o famoso Guardião, o superaparelho de escuta telefônica destinado aos órgãos de inteligência da polícia, Major Rocha afirmou que o equipamento ficará sob os cuidados de um conselho composto por membros do  Ministério Público, Judiciário, Iapen e polícias Militar e Civil com o objetivo de combater o crime organizado. 
 
Rocha reafirmou a realização de uma auditoria para saber se, de fato, o equipamento foi usado para monitorar adversários políticos nos governos passados e jornalistas. Ele disse, sem citar nomes, estranhar uma certa revolta de pessoas contra a auditoria. 
 
"É um equipamento que não é de uma  secretaria, é do Estado. E que esse equipamento fique sob a coordenação de um conselho, um conselho formado pelo Ministério Público, pelo Poder Judiciário, pela Polícia Civil, pela Polícia Militar, pelo Iapen. São seis órgãos que farão o gerenciamento desse guardião, pra que não fique na mão de um político, pra que não fique na mão de alguém para mau uso. A ideia é que o aparelho seja usado no combate às organizações criminosas", afirmou. 
 
Segurança
 
Na maior parte da entrevista, Major Rocha explorou o tema Segurança Pública. Ele reconheceu que o Estado possui déficit na Polícia Militar de mais de 2 mil homens e na Polícia Civil de mais de mil homens, mas salientou que 500 foram recentemente convocados pelo governo. 
 
Rocha ainda está insatisfeito com os números da Segurança. Ele relaciona o aumento da criminalidade com a opção equivocada que os últimos governos fizeram por um modelo de economia equivocada que empobreceu o Acre.
 
"Nós temos índices lamentáveis. Nós somos, e se Deus quiser nós vamos sair disso agora, o segundo estado mais violento do Brasil, nós tínhamos Rio Branco a capital mais violenta do Brasil, nós temos no Acre a maior população carcerária   
per capita. Aquelas crianças que estavam entrando no primeiro ano, lá atrás, quando o governo passado assumiu, a maioria, boa parte delas, está nas facções criminosas, nos presídios pela falta de perspectiva. Não geraram os empregos. Uma política econômica que queria voltar cem anos atrás, do tempo do extrativismo, mas o extrativismo acabou. Temos que apostar na produção. Eu vejo Rondônia, Mato Grosso, eu vejo o Piauí produzindo, o sertão produzindo. E o Acre que tem uma terra abençoada, que tem chuva, que tinha ramal, mas hoje não tem mais... Esse é o momento de reconstruir, de resgatar a economia do estado. O governador Gladson Cameli fez a aposta correta no agronegócio", reforçou.
 
Major Rocha desmentiu a informação de que anda rodeado de seguranças. Ele afirmou que sente muito mais necessidade de ver  segurança nas ruas. "Infelizmente ainda não está do jeito que queremos, mas vamos chegar lá. Eu não sinto necessidade de andar com cinco, seis policiais me acompanhando", afirmou. 
 
Rocha acrescentou que alguns dos policiais militares que o acompanham, inclusive em caminhadas pelo Parque Tucumã, são seus assessores especiais, não seguranças.
 
Prazo para gestão
 
"Não é em quatro meses que nós vamos dar todas as respostas para todos os problemas que o Estado tem", disse o governador em exercício.
 
"O governo dando errado não é ruim pro Gladson, pro Rocha, é ruim pra todo mundo. Nós temos uma equipe empenhada para dar certo. É muito cedo dizer que o governo deu errado ou vai dar errado. Eu vejo o empenho de uma equipe que quer fazer dar certo. O nosso governador é ansioso. Por ele as coisas já estariam andando a mil por hora, mas a administração pública tem o tempo dela", lembrou.