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POLÍTICA

Na TV, Gladson fala sobre Saúde, ICMS da energia e diz que só não será candidato à reeleição se "Deus e o povo não quiserem"

Na TV, Gladson fala sobre Saúde, ICMS da energia e diz que só não será candidato à reeleição se "Deus e o povo não quiserem"

O governador Gladson Cameli falou sobre quase tudo no Gazeta Entrevista (TV Gazeta – Record local), apresentado pelo jornalista Itaan Arruda, nesta quinta-feira (3).

Ao responder perguntas sobre a Saúde pública, a recente greve da categoria e as negociações com os sindicatos do setor, Cameli afirmou que tem mantido um diálogo aberto com os servidores e que só poderá oferecer uma proposta concreta depois do dia 15 de novembro com a reforma da Previdência aprovada no Congresso Nacional e a aprovação na Assembleia Legislativa da proposta de renegociação das dívidas do Estado que, segundo o chefe do Palácio Rio Branco, resultará em uma economia anual de mais de R$ 120 milhões.

"Não adianta eu assinar um cronograma, fazer uma proposta pra eles enquanto eu não, de uma vez por todas, renegociar 100% das dívidas do Estado. Porque tudo que eu assinar aqui agora eu não sei se eu vou cumprir."

Perguntado sobre o episódio em que o secretário adjunto de Saúde, Coronel Jorge Rezende, durante uma discussão na greve da Saúde, há um mês, chamou um grupo de trabalhadores de "vagabundos", o governador Gladson Cameli disse que o movimento grevista tinha viés político e que, após assistir alguns vídeos da confusão no saguão do prédio da Sesacre, não viu Jorge Rezende xingando servidores. "Ele não chamou os trabalhadores de vagabundos", afirmou Cameli.

Gladson afirmou também que a secretária de Saúde, Mônica Feres Kanaan, terá que explicar sobre as denúncias repercutidas na imprensa local de que ela recebe salários no Distrito Federal e no Acre.

"É um absurdo. Eu já mandei ela tomar as providências e ela devolver se tiver que devolver. Ela vai ter o momento para se justificar e vir a público e devolver (se necessário) o que tem devolver. O que eu não vou é compactuar com qualquer tipo de situação que venha colocar em risco a situação, a credibilidade do meu governo."

O governador vê a criação do Instituto de Saúde como saída para regularizar o Pró-Saúde. "Quem não quer então me dê uma alternativa", desafiou.

ICMS da energia elétrica

Os aumentos abusivos na conta de energia elétrica praticados pela Energisa e a possibilidade de redução do ICMS da tarifa da luz também foram temas abordados.

Vale lembrar que ano passado mais de 18% da arrecadação do ICMS do Estado do Acre foram oriundos de impostos da conta de energia. Em 2019 esse percentual representa até o momento mais de 20%.

O governador disse que pediu à secretária de Fazenda do Estado do Acre, Semirames Dias, um estudo detalhado para saber a possibilidade de reduzir o ICMS na conta de energia de pessoas de baixa renda.

"Eu não tiro a razão da população. Está corretíssima. Nós estamos acima do limite fiscal de gastos. Toda ação de diminuir receita agora o Confaz não vai aprovar."

Gladson foi convidado para se filiar ao PSDB, mas por enquanto fica no PP

O governador Gladson Cameli confirmou o convite para se filiar ao PSDB, mas disse que por enquanto fica no Progressistas. Gladson acha que "não somaria" no ninho tucano, pois vê o PSDB com potencial para a disputa majoritária.

"Eu recebi o convite do governador Dória (São Paulo) e do meu vice-governador Major Rocha. O PSDB é um partido com quem eu meu identifico, mas eu posso garantir nesse momento que eu não penso na possibilidade de sair do Progressistas. O meu pensamento é ficar no Progressistas. É uma coisa (filiação no PSDB) que eu não descarto. O que eu quero dizer aqui é que eu estou muito feliz no Progressistas."

Relação com o deputado José Bestene

Gladson não negou atritos com o deputado estadual José Bestene, seu colega de partido, porém disse achar normal um desentendimento ou outro em uma relação política e partidária.

Cameli afirmou que ele e o parlamentar já selaram a paz.
"Eu disse ao Bestene: nós estamos brigando pra quê? Eu disse a ele: nós lutamos para estar aqui, então vamos botar o projeto em prática.

Reeleição, relações políticas e secretários

O progressista disse que só não é candidato à reeleição "se Deus não quiser e o povo".

Ele voltou a dizer que sua maior preocupação é com a Saúde pública. "Eu tenho muito gargalos a resolver. O que mais me machuca, o que tira meu sono é a Saúde.

Para o governador, alguns de seus secretários têm sérios problemas de relacionamento.

Para ele, o entrave nas relações entre alguns dos secretários, a Casa Civil e a base na Assembleia Legislativa tem uma razão:
"Tem muito secretário que acha está acima de Deus".