As críticas de Sérgio Petecão (PSD) à Segurança pública seriam, de acordo com assessores do Palácio Rio Branco, uma clara tentativa do senador de desgastar o governo com o objetivo de obter dividendos políticos para 2022. A ala política do atual governo não tem dúvidas de que Petecão é candidato a governador. Por isso suas críticas a um dos mais vulneráveis setores do governo. Mas o senador nega, pelo menos publicamente.
Ao Gazeta Entrevista nesta quinta-feira, 12, Petecão disse que jamais disse que é candidato ao Palácio. Ele afirmou entender que Gladson seria o candidato natural à reeleição, porém se o atual governador desistir da ideia, ele deve pôr seu nome à disposição.
"Eu nunca me manifestei dizendo que sou candidato. Eu acho que o processo natural, natural, é o direito do governador tentar uma reeleição. Agora se o governador não for candidato aí nós vamos conversar."
Petecão afirmou que não acredita que a nota do Sistema de Segurança Pública emitida no último fim de semana contra ele tenha sido uma ideia dos chefes dos órgãos que compõem o setor. Ele vê algum arranjo político por trás da nota.
"Como nosso Estado é pequeno e tem os muros baixos, eu sei de detalhes como é que essa nota surgiu. Eu tô imaginando é no constrangimento que aqueles colegas lá, o secretário, passaram pra botar a assinatura. O que tem a ver o comandante do Corpo de Bombeiros assinar a nota? O secretário de Segurança, Paulo Cezar, foi parceiro, esteve lá direto em Brasília comigo, o coronel Ulysses...".
Perguntado pelo jornalista Itaan Arruda se acredita que a nota tenha sido uma orientação do vice-governador Major Rocha, Petecão respondeu: "Eu fui uma das pessoas que influenciou na indicação do Rocha (vice). E o Rocha sabe disso. Eu sempre tive uma boa relação com o Rocha. Eu não quero acreditar que o Rocha está indo por esse caminho. Eu acho que esse caminho não é bom"