Em letras maiúsculas, o líder da igreja católica no Acre, bispo Dom Joaquin diz em um comunicado direcionado aos fieis que não é "qualquer um que tem a missão de convocar para fazer um jejum". O bispo se refere à convocação feita pelo presidente Jair Bolsonaro e pastores evangélicos que o apoiam para a realização de um jejum nacional neste domingo (5) contra o coronavírus.
O ato chamado pelo presidente da República e seus seguidores ocorre no Domingo de Ramos, data que marca o início da Semana Santa e rememora a entrada de Jesus em Jerusalém a uma semana da Páscoa e a cinco dias de sua morte na cruz.
Segundo Dom Joaquin, jejuns devem ser convocados por autoridades eclesiásticas como bispos e padres.
"A Santa Igreja Católica ensina que domingo não é dia de jejum, pois é o dia do Senhor, dia em que celebramos a ressurreição do Senhor, e nesse caso é dia de festa. Qualquer ato convocado, de jejum dominical, não deve ser seguido pelo povo católico", diz.
Diz ainda o comunicado do bispo que "não se pode permitir que a prática religiosa do jejum seja instrumentalizada pela política ou por ideologia político-partidária".