O governador Gladson Cameli disse na manhã desta quinta-feira (15) que não tem razão para exonerar o coronel da reserva da PM, Paulo Cezar Rocha, do cargo de secretário de Segurança do Acre.
A declaração de Cameli foi dada à imprensa durante solenidade da Polícia Militar no Colégio Tiradentes, no bairro Calafate.
"Eu não tenho o porquê de de tirar o coronel Paulo Cezar. Problemas tem em todas as áreas, tem o não concordar, a palavra mal colocada em um momento errada, mas ele tem feito um trabalho e não tenho o porquê, pelo trabalho que ele tem executado de ter qualquer situação contra o coronel Paulo Cezar. Essas situações acontecem em todas as instituições. Na nossa casa nós temos problema, imagine numa questão de Estado. E sobre esse assunto não está nos meus planos o coronel Paulo Cezar sair."
O governador comentou ainda que concedeu férias de 10 dias a Paulo Cezar. "Dei umas férias porque está todo mundo cansado, está todo mundo com os nervos à flor da pele não é só aqui é no Brasil todo".
Áudio polêmico gerou crise nas relações entre secretário de Segurança e PM
A crise nas relações entre Paulo Cezar Rocha e o comando da PM foi gerada depois de um áudio vazado no WhatsApp no último sábado em que o secretário se refere aos oficiais da Polícia Militar como “pessoas de capital intelectual fragilizado e desprovidos de inteligência emocional”. É que Paulo Cezar não gostou de saber que alguns PMs não queriam participar de uma operação conjunta com policiais civis e penais na Transacreana para encontrar os bandidos assassinos de um pastor evangélico.
Depois de ouvirem o áudio do secretário, o comando da PM e a Associação dos Oficiais dos Policiais Miliares e Corpo de Bombeiros reagiram.
Em nota a associação detonou: "Tal postura não condiz com o que se espera de um secretário de estado, mormente da pasta da segurança pública, que, pasmem, também é oficial da reserva da Polícia Militar do Acre. Atitude como essa denota total deslealdade e falta de compromisso com os princípios institucionais e ético-militares, a que todos os militares estamos submetidos".