O pecuarista Jorge Moura ficou revoltado com a presença de homens do Exército brasileiro armados em sua propriedade rural, a fazenda Campo Esperança, na BR-317, município de Capixaba, durante um trabalho de fiscalização do Mapa (Ministério da Agricultura) e Idaf nesta terça-feira (15). Um vídeo gravado pelo fazendeiro na entrada da propriedade mostra a fúria dele e de sua esposa.
Os fiscais foram ao local para averiguar o armazenamento de defensivos e a possível destinação inadequada de embalagens vazias de agrotóxicos na propriedade.
"Infelizmente o nosso estado é uma inversão de valores muito grande. É por isso que o estado só vive nessa merda aí, porque os poucos que trabalham são perseguidos. Se eu pudesse ir embora, eu ia embora. É uma tristeza para nós que somos produtores passar por um constrangimento desse", afirmou Jorge Moura.
O secretário estadual de Agricultura, Nenê Junqueira, repudiou o exagero e disse que "o produtor não pode ser tratado como bandido".
"Afinal, qual ameaça representa um produtor rural? Para o exército estar junto, um verdadeiro absurdo, e falta de respeito com que produz, gera emprego e renda. Estou atento à expressões e atitudes desta natureza e não compactuo em nenhuma hipótese com tais práticas."
O secretário encaminhou o vídeo ao governador Gladson Cameli e ao senador Márcio Bittar e pediu que as imagens cheguem à ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
O Notícias da Hora tentou falar com o Ministério da Agricultura no Acre, mas ninguém do órgão foi encontrado.