Neste 19 de abril é celebrado o Dia do Índio. A data, porém, muito mais do que motivo para comemorações, é um momento de reflexão. No plano nacional, os indígenas vêm sofrendo a maior ofensiva contra seus direitos e sobrevivência promovido pelo governo Jair Bolsonaro.
No Acre, a situação não é muito diferente. Após 20 anos de participação nas tomadas de decisões para as políticas do setor nos governos petistas, agora os indígenas estão desassistidos pela gestão Gladson Cameli (Progressistas).
Até o momento, por exemplo, o governador não se reuniu com nenhuma das lideranças do movimento indígena acreano.
A postura menos simpática do governo Cameli à causa indígena e à ambiental já era esperada ante suas promessas de campanha de privilegiar o agronegócio como novo modelo econômico para o Acre.
Durante a transição, foi aventada a possibilidade de extinção da Secretaria de Meio Ambiente, fundindo-a com a do agronegócio. A assessoria dos Povos Indígenas, que funcionou durante os governos Binho Marques e Tião Viana, deixou de existir. No governo Jorge Viana ela teve status de secretaria.
Apesar de a gestão das políticas indígenas ser responsabilidade do governo federal, os estados contribuem para garantir uma melhor qualidade de vida nas aldeias.
No Acre, por exemplo, a educação indígena é gerenciada pela Secretaria de Educação. O governo também desenvolvia ações voltadas para a segurança alimentar destas populações, levando programas para sistemas de produção agroflorestal.
Desamparados pela presidência da República e ainda sem o apoio do governo local, a situação dos povos indígenas do Acre tende a ficar ainda mais delicada.
Leia análise completa sobre este Dia do Índio no blog do Fábio Pontes
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