Acre também tem casos de parlamentares que acumulam o recebimento da regalia
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) teve sua pensão de ex-governador suspensa pela Justiça Federal por ele já contar com o salário de parlamentar. É o que informa o portal de notícias BNC Amazonas.
A ação foi movida pelo Ministério Público Estadual por considerar irregular o pagamento do benefício a Braga, por ele já contar com uma renda enquanto membro do Congresso Nacional.
Somando-se a pensão a que tem direito com o salário de senador, Eduardo Braga recebe mais de R$ 70 mil brutos. O emedebista, que se reelegeu senador em 2018 com uma pequena diferença ao terceiro colocado, foi governador do Amazonas entre 2003 e 2010.
O caso do amazonense remete ao Acre. O deputado federal emedebista Flaviano Melo também acumula os salários de ex-governador do Acre com o da Câmara. Quem tinha o mesmo privilégio até janeiro último era o ex-senador Jorge Viana (PT). Enquanto esteve por oito anos no Senado, o petista acumulava os dois salários.
O pagamento da pensão de ex-governador é tema espinhoso no Acre. O atual chefe do Palácio Rio Branco, Gladson Cameli (PP), tinha sinalizado por fim à regalia. Passados quase três meses desde a posse, a promessa caiu no esquecimento. A pensão tinha sido extinta no governo de seu tio Orleir Cameli (1995-1998), porém ressuscitada com Jorge Viana (1999-2006).
Agora ela beneficia a viúva do ex-governador, Bete Cameli, e ainda os aliados Flaviano Melo e Romildo Magalhães.