O vice-governador Major Rocha (PSL) foi o convidado do jornalista Luciano Tavares desta quinta-feira, 9, no podcast Papo Informal. Rocha disse que uma das suas decepções com o governo Gladson Cameli foi trazer para a gestão pessoas ligadas à Frente Popular do Acre (FPA).
“Na campanha caminhamos com muita gente e eu pensava que elas seriam aproveitadas. Infelizmente, uma opção do govenador foi trazer para o governo pessoas que fizeram parte da Frete Popular. Eu vi pessoas que eu debati na Assembleia Legislativa sendo contempladas”, disse Rocha ao citar como exemplo o ex-deputado federal e atual secretário-adjunto de Educação, Moisés Diniz, que integrava o PCdoB. Ainda sobre Moisés, Rocha foi direto: “não acredito nessa mudança repentina, até porque isso não existe. O governador fez essa opção e isso me desagradou muito”.
Ainda de acordo com o líder social liberal, outra coisa que lhe desagradou foi denúncias de corrupção que surgiram dentro do governo. Rocha afirma que comunicou o governador Gladson Cameli a respeito das denúncias, mas que não foi ouvido pelo chefe do Palácio Rio Branco. “Eu alertei pra ele [Gladson] isso vai acontecer no governo, o Judiciário está nos alertando”.
Questionado sobre denunciar o próprio governo e seguir participando dele, Major Rocha destacou que mantém a coerência desde o início: “eu não posso ser acusado de omisso e perder a coerência. Tem muita gente que me critica. Por eu ser o vice-governador eu preciso fechar os olhos pra corrupção? Eu não vou fazer isso”, disparou.