A nomeação do delegado Marcos Costa para comandar o Iapen no lugar de Alexandre Nascimento, acusado de assédio moral, não repercutiu de forma positiva na Assembleia Legislativa do Acre nesta terça-feira (4). O parlamentar defendeu que a vaga deveria ter sido ocupada por um policial penal. Ele contestou a indicação de Marcos Costa feita por Gladson Cameli (PP).
“Não tenho nada contra o delegado, pelo contrário. O delegado é profissional de nível elevado. Nada contra a pessoa delegado. Será que não temos nenhum policial penal, no universo de 1.208? Será que não temos um policial penal qualificado? Com todo respeito ao delegado, quem conhece o sistema é quem está lá. É eles que estão lá. Criou-se uma cortina: ‘é questão política’”, ressaltou.
E acrescentou ao afirmar: “eu não estou pedindo, não precisa ser ligado ao Arlenilson. O governador tem livre escolha para escolher quem ele quiser. Mas eu não posso deixar aqui de me manifestar. Essa nomeação, pra mim, é uma resposta muito negativa, aos policiais penais, que já trabalham no limite. Foi uma resposta dura aos colegas policiais”.
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição, comentou o discurso de Arlenilson Cunha. “Para mim é uma demonstração de que o governo não tem solidariedade com sua base. Não tem problema nenhum ser delegado, mas temos policiais penais preparados. Isso se chama a pedagogia do chicote. Tem que sofrer. Na normalidade da política isso não tem explicação. O leal fica com a brocha pendurada e o Executivo tira a escada para cair com a brocha na mão”.