Em solenidade realizada na manhã desta quinta-feira, 29, na Assembleia Legislativa de Rondônia, em Porto Velho, foi empossada a nova diretoria do Parlamento Amazônico para o biênio 24/25. Laerte Gomes (PSD-RO) é o novo presidente, tendo Sinesio Campos (PT-AM) como vice e o deputado Afonso Fernandes (PL) do Acre na primeira secretaria.
O Parlamento Amazônico congrega 270 deputados estaduais dos nove estados que formam a região da Amazônia Legal, sendo eles: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O propósito do fórum é a convergência de esforços entre os estados, com vistas a deliberar sobre as demandas e buscar soluções para os desafios enfrentados por cada unidade federativa.
Laerte Gomes disse no discurso de posse que a entidade tem várias pautas para debater e cobrar soluções, mas elegeu o meio ambiente como pauta prioritária para os nove estados que formam a Amazônia Legal. “Temos a BR 319 aqui em Rondônia, a regularização de terras no Acre, mais voos para as cidades da Amazônia, mas o meio ambiente será nossa pauta principal. Ninguém pode falar melhor desse tema do que nós, que moramos aqui”, frisou. Gomes pontuou o tema tendo como base a COP 30, que acontece em 2025, em Belém, PA. A COP é uma conferência global com representantes de centenas de países que ocorre todos os anos e que tem como principal objetivo conter as consequências da crise climática causada pelo ser humano.
“A enchente que nosso estado enfrenta hoje é um tema recorrente e vai ser levada às nossas plenárias. A maioria da população da Amazônia sofre anualmente com esses fenômenos e precisamos alertar o mundo para essa problemática. Chego para fazer valer a voz do Acre, da Amazônia junto ao governo federal e nas Nações Unidas”, disse Afonso.
O Acre terá ainda outro representante na nova diretoria. A deputada Antônia Sales (MDB) foi empossada na secretaria da Mulher. O presidente da UNALE, Sérgio Aguiar (PDT), prestigiou o evento. O parlamento acreano foi representado ainda pelos deputados: Gene Diniz, Marcos Cavalcante, Clodoaldo Rodrigues, Whendy Lima, Gilberto Lira, Arlenilson Cunha, Maria Antônia, André Vale, Chico Viga, Manoel Moraes, Eduardo Ribeiro, Pedro Longo, Pablo Bregense e Fagner Calegario.
“O Acre está bem representado”, destaca Nicolau Junior.
Primeiro secretário da ALEAC, o deputado Nicolau Junior ressaltou a relevância que é para o parlamento acreano, ocupar dois cargos importantes na nova diretoria. O Acre está representado na primeira secretaria, com Afonso Fernandes e na secretaria da Mulher, ocupada pela deputada Antônia Sales. “Teremos voz ativa nos próximos dois anos no parlamento amazônico, porque teremos dois atuantes deputados participando das tomadas de decisões. O Acre tem pautas que precisam avançar imediatamente. Uma delas é a questão dos voos para fora do estado. Essa entidade tem legitimidade e força para fazer ouvir a voz da nossa população junto ao governo federal. Vamos participar, sugerir, cobrar e acompanhar o andamento dos trabalhos nessa importante instituição”, garantiu Nicolau.
Gonzaga cobra regularização fundiária no Juruá.
O presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Luiz Gonzaga, cobrou na solenidade a regularização de terras na região do Juruá e lembrou que há dois projetos que não saíram do papel porque as famílias que seriam beneficiadas não possuem o título definitivo da terra onde vivem. “Os recursos estão liberados, mas não se consegue avançar, fazer chegar o benefício para as famílias, porque elas não foram incluídas na regularização fundiária. Não podemos ficar de braços cruzados. São famílias de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e do Juruá que estão esperando por esse avanço”, alertou.