Na última sexta-feira, 4, em edição extra do Diário Oficial do Estado do Acre, foi publicada a exoneração do policial Penal, Glauber Feitosa, da presidência do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC). Para ocupar o cargo foi nomeado policial penal Alexandre Nascimento, tendo ainda Tiênio Rodrigues da Costa como diretor executivo operacional.
Troca de gestores e de comando tem se tornado rotina na gestão de Gladson. Nesse caso, o pano de fundo para justificar a troca de comando do Iapen foi a rebelião ocorrida no último dia 26 de julho, quando presos rebeldes do Comando Vermelho teriam executado cinco presos, líderes do Bonde dos 13, dentro do presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves.
Mas, o que poucos sabem, ou quase ninguém, é que o novo Diretor-presidente da autarquia que comanda o sistema penitenciário acreano é indicação do deputado federal, Ullysses Araújo (UB), que até a última sexta-feira, era aliado político do deputado estadual, Arlenilson Cunha (PL), que indicou Glauber Feitosa para ocupar o mais alto cargo no Instituto.
Outro fato que chama a atenção é que na mesma sexta-feira, horas depois de ser publicada a edição extra do DOE, Araújo concedeu entrevista a um site local, nas dependências do Parque de Exposições Wildy Viana, onde declarou que a rebelião "já estava anunciada. Quando eu estava na Secretaria de Segurança Pública nós sabíamos que isso estava prestes a acontecer, pois o Iapen naquele momento estava inserido em um contexto político. Nós não podemos tratar segurança, saúde e educação de maneira política, na politicagem”, disse o parlamentar/militar que seria o padrinho político do novo presidente do Iapen.
Fonte do NH ressaltou, que para convencer o governador Gladson Cameli e o Secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Américo Gaia, Ullysses garantiu que seu indicado precisaria apenas de seis meses para "moralizar" o sistema penitenciário acreano.
Por telefone, Ullysses Araújo, em primeiro momento, afirmou que a escolha teria sido única e exclusiva de Gladson Cameli, mas depois disse que a indicação de Alexandre Nascimento levou em consideração o caráter técnico, e não político.
O deputado/militar disse ainda que a indicação do novo presidente do Iapen foi feita por ele e pelo ex-secretário de segurança, Paulo César Rocha dos Santos, no final de 2022.
"A decisão foi do governador, não nossa. Na verdade, ela (indicação) foi feita por mim e pelo Paulo César no final do ano passado e obedeceu um caráter técnico e não político. Naquele momento o governador não aceitou, mas, agora ele decidiu pela nossa indicação", disse.
Após a repercussão da matéria, Coronel Ulysses emitiu nota negando todas as ainformações repassadas à reportagem. Leia a íntegra da nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O deputado federal Coronel Ulysses (UB) não teve participação na indicação de Alexandre Nascimento para o cargo mencionado. A decisão foi de responsabilidade exclusiva do governador Gladson Cameli. O parlamentar não influenciou na escolha do novo diretor-presidente, tão pouco tratou a respeito dessa indicação junto ao Governador.
Da mesma forma repudia texto neste mesmo sentido publicado na coluna da Angélica (acreinfoco) de quem tem recebidos diversos ataques sem motivo ou justificativa plausível, simplesmente pelo fato de não compactuar com viés esquerdista e por defender princípios de Deus, pátria e família.
Reiteramos nosso compromisso com a informação precisa e transparente, e lamentamos a publicação de fatos sobre o deputado Coronel Ulysses que carece de veracidade.
Atenciosamente,
Assessoria de Imprensa do deputado federal Coronel Ulysses