O prefeito de Rio Branco Tião Bocalom (PP) comentou a respeito da Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal contra a cúpula do governo Gladson Cameli (PP), que culminou com a prisão da chefe de Gabinete de Gladson, Rosângela Gama, exonerada, inclusive, hoje (23). De acordo com ele, qualquer julgamento é prematuro e só cabe à Justiça dizer se houve crime ou não.
“Quem sou eu para julgar alguém? A Justiça é que vai fazer isso, a Polícia Federal está fazendo os levantamentos, fazendo o trabalho dela, o Ministério Público fazendo o trabalho dele, a Justiça vai fazer o trabalho dela e aí meu amigo velho, se tiver alguma coisa errada, a Justiça que vai apurar. Eu não posso dizer que tem coisa errada, eu não posso, não estou lá dentro. Jamais eu julgaria neste sentido”, disse Bocalom.
Ainda de acordo com o chefe maior da Prefeitura de Rio Branco, o que mais ele tem exigido dos servidores e secretários que lhe assessoram é lisura e responsabilidade com a coisa pública. Ao jornalista Luciano Tavares, Bocalom afirmou que não está na política para ganhar dinheiro, mas sim para ajudar as pessoas. Para ele, política é sacerdócio.
“Só espero que termine logo, porque o governador está muito triste com tudo isso. Eu imagino que as pessoas envolvidas não devem dormir. Isso é difícil demais. Você imagina ter Polícia Federal na porta de casa. Eu fui prefeito três vezes, secretário de estado e presidente da Emater e graças a Deus nunca recebi a Polícia na minha porta. Espero em Deus que eu não receba. O que eu mais peço para quem trabalha comigo na Prefeitura é: ‘não suja o teu CPF para não sujar o meu’. Eu não estou na política para poder ganhar dinheiro. Se eu quisesse ganhar dinheiro, eu ficava com meu irmão lá em Minas. Meu irmão é milionário”, disse o prefeito.