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POLÍTICA

"O juiz Moro não era juiz, era um canalha que estava me julgando", diz Lula um dia após ser solto 

"O juiz Moro não era juiz, era um canalha que estava me julgando", diz Lula um dia após ser solto 

Um dia após ser solto, em discurso político e duro, o ex-presidente Lula fez duras críticas ao juiz Sérgio Moro, a quem classificou de “canalha”, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).

“Muitos de vocês não queriam que eu fosse preso em abril do ano passado”, disse Lula. “Quando um ser humano, um homem, uma mulher, tem clareza do que ele quer na vida, tem clareza do que eles representam, tem clareza de que seus autores, seus algozes, seus acusadores estão mentindo. Tomei a decisão de ir lá para a Polícia Federal. Poderia ter ido a uma embaixada, a um outro país. Mas eu tomei a decisão de ir para lá. Porque eu preciso provar que o juiz Moro não era juiz, era um canalha, que estava me julgando”, afirma Lula.

Na sexta-feira (8), no primeiro contato com os apoiadores, em Curitiba, integrantes da Vigília Lula Livre pediram várias vezes paciência à militância.
Nas primeiras palavras após deixar a Superintendência da Polícia Federal, Lula fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), ao ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (ex-juiz responsável pela sua primeira condenação) e o coordenador da força-tarefa Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol. Além disso, apresentou oficialmente sua namorada, Rosângela da Silva, anunciando o novo casamento.

"Quero que vocês saibam que, além de continuar lutando para melhorar a vida do povo brasileiro –que está uma desgraça– além de lutar para não permitir que esses caras entreguem o país, eu quero dizer em alto e bom som que o lado mentiroso da PF fez 1 inquérito contra mim. O lado mentiroso e canalha do Ministério Público e o [Sergio] Moro e mais o TRF-4, eles têm que saber: eles não prenderam 1 homem, eles tentaram matar uma ideia, e uma ideia não se mata. Uma ideia não desaparece", disse o ex-presidente.

O ex-presidente saiu do prédio da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, por volta das 17h50. Lula estava acompanhado pelos advogados Cristiano Zanin Martins, Gleisi Hoffmann (presidente do Partido dos Trabalhadores), Fernando Haddad.