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POLÍTICA

Oitenta dias de governo Gladson Cameli

É certo que o povo acreano queria romper com a hegemonia vianista de 20 anos à frente do executivo estadual e viu em Gladson Cameli a opção eleitoral viável para a materialização dessa alternância.

Mas havia também - e creio ainda há - uma esperança tácita, do povo do Acre, na figura do novo governador, pelas qualidades que reúne e, quero crer, pela vontade pessoal que tem de transformar este Estado.

Nesse sentido, penso que o governador Gladson Cameli cumpre um papel de reavivar o imaginário da esperança do povo acreano. Portanto, precisa superar os infortúnios e chamar para si a responsabilidade a qual se propôs a assumir.

Sabe-se que as contas públicas estão em ruínas em todas as esferas de poder, em razão da má gestão e da corrupção sistematizada de governos passados. Isso não é uma adversidade apenas do Acre.

Não se resolve nenhuma crise na gestão pública com austeridade draconiana nem tolhendo os já parcos recursos. Investimentos são necessários para a máquina governamental girar.

A manutenção dos serviços básicos não pode ser ameaçada. É inadmissível que o ano letivo seja prejudicado por falta de professores, sendo que há dois concursos realizados e profissionais apenas esperando a convocação. O mesmo serve para a Segurança Pública: déficit colossal no quadro de servidores e dois concursos homologados.

Espera-se, urgentemente, que os rumos da gestão administrativa sejam encontrados e que haja uma inversão de prioridades em algumas áreas estratégicas do governo estadual. Caso contrário, seguiremos em um caminho sem volta para um estado colapsado e um báratro político-administrativo.

 

*Romisson Santos é professor e especialista em Letras pela Universidade Federal do Acre