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POLÍTICA

Onde está o Bocalom que queria “produzir para empregar”?

Onde está o Bocalom que queria “produzir para empregar”?

Os tempos são realmente de mudanças. Do PSDB, Tião Bocalom passou pelo Democratas, estacionou no PSL, quase embarcou para Brasília como deputado federal, mas acabou pegando um ônibus para o Progressista, período em que já estava comandando a Emater. Passou de pedra para vidraça.

Bem aceito nas ruas pelo carisma, os “especialistas da política acreana” cantavam uma pedra só: Bocalom e Gladson no mesmo palanque era o anúncio da vitória. A receita tinha três ingredientes: Carisma, autenticidade e vontade de fazer. Assim começou a novela protagonizada por Tião Bocalom, Gladson e o Progressistas.

Quando chegou ao partido, era “quase certeza” o lançamento da pré-candidatura de Tião Bocalom à Prefeitura de Rio Branco. O que se achava nos setores do “partido azul”, era que Bocalom seria, irredutivelmente, o candidato do governador. Foi tudo por água abaixo.

Estranho seria se não fosse candidato, afinal, após tantas tentativas, o que seria mais uma? Pensavam que haveria o retorno da frase “produzir para empregar”, mas não foi isso que aconteceu. Bocalom mudou o discurso, o jeito de falar e simplesmente deixou a água debaixo da ponte. Alguém percebeu isso?

Repito que os tempos são de mudança. Aquele Bocalom que antes batia na mesa e não aceitava a correção, agora passou a ouvir, avaliar as críticas e sentar à mesa em busca da melhor saída. Afinal de contas, Bocalom (acredita ele – e muitos correligionários) poderá ser o próximo prefeito de Rio Branco. E se conseguir, não poderá errar!

O que não se esperava era o apoio declarado de Gladson Cameli à prefeita Socorro Neri que, é bom lembrar, estava no palanque de Marcus Alexandre em 2018, fazendo campanha contra Cameli. Foi em vão. Neri, agora, se afastou do PT, e aplaude de pé o provável (repito) PROVÁVEL APOIO de Cameli a ela.

O “novo Bocalom” parece estar se preparando mais. Ele sabe que se entrar na disputa com o mesmo discurso, será ridicularizado. Não porque o slogam usado por anos é ruim, mas porque o discurso precisa enfrentar as realidades do momento, sem retrovisor, mas com o farol alto à frente, clareando os desafios da cidade.

Com a palavra ele, o próprio Tião Bocalom. Isso porque até agora o ex-prefeito de Acrelândia City não deu sequer uma palavra sobre como está lidando com o afastamento de Gladson Cameli ao nome dele. É... os tempo são realmente de mudanças. É a política! E lá, vence o melhor jogador!