Os deputados Emerson Jarude (Novo) e Michelle Melo (PDT) e Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltaram a comentar fatos novos relacionados ao delegado-geral de Polícia Civil, Henrique Maciel. O primeiro a falar foi o deputado do partido Novo. Jarude disse que a Polícia Civil é investigada por morosidade na condução de investigações que versam sobre crimes tributários e fazendários.
“Sabe quem está investigado a Polícia Civil agora? O Ministério Público do Acre. Sabe por que? Por não está fazendo o seu trabalho. O pedido de investigação segundo o próprio Ministério Público é por conta de algumas morosidades excessivas relacionadas a alguns crimes”, disse Emerson Jarude.
Ele acrescentou ainda que “nós estamos correndo o risco de termos uma crise institucional por falta de trabalho, por falta de conduções. Isso são palavras que trago do próprio Ministério Público. Segundo o Ministério Público, de maneira proposital e deliberada, está havendo um sucateamento para que investigações não aconteçam no Estado do Acre. É triste ver o nosso Estado nesta situação. Quando a Polícia Civil não consegue fazer o seu trabalho a contento, e a consequência disso são casos e mais casos de prejuízos a nossa população”, disse Jarude.
Michelle Melo disse que há duas semanas vem relatando episódios ocorridos na Polícia Civil, com denúncias de servidores contra o delegado-geral de Polícia Civil, Henrique Maciel. A pedetista disse que por conta de um machismo instalado no governo, a voz dela não foi ouvida. “Há duas semanas, nós falamos o que está acontecendo na Polícia Civil. Quem sabe agora eles ouçam de fato, haja vista o deputado Jarude colocou aqui que estão investigando a Polícia Civil. Conforme, os denunciantes da Polícia Civil, a estrutura hoje está em favor dos benefícios próprios do delegado-geral. (...) Só pra corrigir, são duas investigações que o Ministério Público já instaurou. Ontem nós tivemos, infelizmente, passou um requerimento importantíssimo. Para dar coletiva, ele vai, mas para vir para a nossa humilde casa ele não vem. Já que o requerimento não passou, faço o convite”, salientou.
Já Edvaldo Magalhães ressaltou que a crise está em escalada. “A crise escalou. Ela mudou de patamar. Quem observa a Polícia e o desenrolar dos acontecimentos, certamente estranhou o excesso de solidariedade. Neste período de 15 dias são excessos de notas de solidariedade. Parece que alguém pega a peneira e tenta tapar o sol. Houveram três manifestações, duas do governador e uma da vice-governadora. Isso chama a atenção, isso acende alerta. Quando os delegados se reúnem, eles têm uma posição claríssima sobre o problema. Quando os agentes se reúnem, eles também têm uma posição clara sobre isso. Então, você tem a cúpula, o segundo escalão, e a base se manifestando no mesmo sentido. Por isso eu digo que a crise escalou”.
E reforçou o deputado comunista: “fazer a defesa é da obrigação política de quem faz a defesa do governo. Quem está na base tem um posicionamento político. No núcleo do governo tem muito vazamento nesta caixa d’água. Escalou a crise, eu espero que os bombeiros ajam a tempo antes que o incêndio tome o comando da Polícia Civil do Acre”.