O líder da oposição na Assembleia Legislativa do Acre, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) comentou a respeito da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou todos os pedidos feitos pela defesa do governador Gladson Cameli (PP), em julgamento feito mais cedo nesta quarta-feira (19).
Edvaldo Magalhães lembrou que os pedidos foram negados por unanimidade, indicando que a Operação Ptolomeu prossegue. Um dos pedidos era para que as investigações fossem levadas para o âmbito da Justiça Eleitoral ou fossem anuladas.
“É uma decisão que além de reafirmar o que está dito e escrito, diz: prossiga-se, leve adiante, permanece por 90 dias a suspensão dos contratos. Diz ainda, permanece preso o passaporte do governador. O passaporte do governador está preso. ‘Ah, não, foi retido’. Não, está preso o passaporte do governador. Ele está proibido de falar com o pai, com os irmãos. Isso não é uma coisa simples, normal”, disse o parlamentar.
O deputado acreano disse que falar deste assunto não o deixa satisfeito, pelo contrário, o entristece porque a Ptolomeu escancara possíveis atos de corrupção ocorridos no governo do Acre, manchando a imagem do estado lá fora.
“Tratar desse assunto neste plenário não traz satisfação, nem pra mim, e nem pra ninguém. Ninguém fica satisfeito com isso. Ninguém fica batendo palmas pra isso. É muito ruim para o Acre, muito ruim para a nossa imagem. Mas é grave, é gravíssimo o que está ocorrendo. Portanto, o que eu torço e defendo é que tenha um desfecho rápido para o Acre sair dessa pauta e entrar numa nova fase. Mas, a sinalização dada pela decisão de hoje é muito ruim para o Palácio Rio Branco. É com dizer assim: se a tempestade estava com o tempo escuro, chegou uma sombra e escureceu um pouco mais. E quando o tempo escurece significa que quando cair a chuva, vem raios e trovoadas e o barulho, talvez, seja ouvido no Brasil inteiro”.
Nenhum deputado da base de sustentação do governador Gladson Cameli (PP) comentou o assunto. Após o discurso de Edvaldo Magalhães no grande expediente da sessão desta quarta, apenas o deputado Arlenilson Cunha (PL) discursou, mas tratou de outro assunto. Em seguida, a sessão foi suspensa.