Em sua fala durante sua participação na Conferência Estadual do PCdoB, o presidente do Partido dos Trabalhadores Daniel Zen disse que Bocalom, no âmbito de Rio Branco, e o senador Alan Rick (UB/AC), no estado, querem ser os herdeiros do espólio político e ideológico deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“É a escalada do autoritarismo no Brasil, representada na ascensão do bolsonarismo. Muito embora tenha sido derrotado o presidente Bolsonaro, mas o movimento existe. A ideologia política está posta e pode ser muito bem encabeçada por outras pessoas no campo nacional e aqui no Acre sabemos quem são os seus herdeiros. Quem quer ser apossar desse espólio ideológico, mas também espólio da intenção de votos”, disse Zen.
Daniel Zen disse que a finalidade da frente ampla tem o objetivo de combater o avanço desse pensamento autoritário. Para ele, não é ganhar as eleições por ganhar, mas sim buscar caminhos para colocar em prática as políticas em defesa dos mais pobres, reduzindo desigualdades.
“Ocupar os espaços de poder para fazer valer e tornar concretas as nossas visões de mundo. Só vale a pena se for para isso. E quando a gente procura essas alianças, a gente procura estar irmanado com àqueles que temos identidade. E mesmo nos aliançado com adversários históricos, como é o caso agora, mas sempre pensando nos valores mais caros para nós que é a defesa da democracia. É por isso que o Partido dos Trabalhadores sempre esteve de mãos dadas como PCdoB”, salientou.
Sobre a aliança com o MDB de Marcus Alexandre, ele foi enfático: “o MDB foi durante muito tempo o nosso abrigo. Na verdade, como disse o Flaviano, o abrigo de todos, sobretudo no período mais sombrio pelos quais o Brasil passou. E o Brasil está passando novamente por esses períodos”.