Após a votação no plenário, os deputados estaduais receberam um grupo de pessoas que ocupam uma área de 2 hectares no Defesa Civil, na tarde desta terça-feira, 21.
O grupo busca apoio político para tentar reverter na Justiça uma decisão que manda desocupar a área.
A terra em questão compreende 2 hectares, de propriedade do Estado do Acre.
O Movimento Moradia ajuda o grupo na mobilização.
O deputado Jenilson Leite presidiu o encontro. As famílias já ocupam o terreno há 2 anos.
Os moradores cobraram uma política habitacional mais clara. Eles lembraram a promessa do governador Gladson Cameli (PP), de construir 2 mil casas.
Valdir França, presidente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, disse que a ordem de despejo cumprida no final de semana foi "desproporcional".
"Participo de movimentos no Brasil inteiro e nunca tinha visto uma força policial daquele tamanhos, me senti na guerra da Ucrânia e Rússia, eles foram para acabar com a gente mesmo, policiais fortemente armados e Samu de suporte avançado. Conseguimos sensibilizar o secretário a não derrubar as casas e nem retirar famílias com crianças, deficientes e idosos e permitir a permanecer 39 famílias", disse França.
Neném Almeida (Podemos) criticou a política de governo adotada por Gladson Cameli. Disse que se fosse uma área particular, se justificaria o aparato policial, mas se trata de área pública.
"O maior erro é colocar pessoas que não sabe a dor da gente", pontuou.
Chico Viga (PDT) afirmou: "sou da base do governo, mas acima de tudo sou povo".
Já o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) sugeriu como encaminhamento buscar mais apoio parlamentar e jurídica para a causa.
"Fazer uma conversa com o MP, a PGE, que entrou com a ação, para vir aqui como poder e na Casa Civil chamar o governo e o Iteracre para fazermos uma conversa. A gente tem que trazer o problema para dentro do poder" disse Magalhães.
Participaram do encontro os deputados Edvaldo Magalhães, Jenilson Leite, Chico Viga, Neném Almeida e Luiz Gonzaga.