Para Perpétua Almeida (PCdoB-AC), seringueiros recrutados durante a II Guerra Mundial nunca receberam o tratamento que deveriam por parte do Estado brasileiro.
A luta em favor dos Soldados da Borracha continua. Após anos de insistência, com muito esforço, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) garantiu que o Congresso votasse, em 2014, o pagamento da indenização para os soldados e suas viúvas. À época, o Congresso não aceitou votar o 13º salário. Neste ano, no retorno para a política, Perpétua apresentou o Projeto de Lei 5842/19 para que eles recebessem a gratificação natalina, popularmente conhecida como 13º salário.
No entendimento da deputada, os seringueiros recrutados durante a II Guerra Mundial nunca receberam o tratamento que deveriam por parte do Estado brasileiro. “A dívida é eterna. Muitos morreram sem receber seus 25 mil reais. Espero que não deixem morrer o restante antes da aprovação deste novo projeto. Exigiram desses soldados muitos serviços. Muitos sequer foram avisados que a guerra havia acabado. Depois de muito esforço, conseguimos garantir o aquele pagamento de uma indenização a esses trabalhadores que viveram em condições miseráveis no pós-guerra”, lembrou Perpétua.
Para ela, apesar das negativas anteriores, “o mínimo que pode e deve ser feito em relação aos soldados da borracha é garantir o direito de recebimento da gratificação natalina”. Perpétua afirma ter disposição para mais esta luta, assim como a anterior, sempre favorável aos direitos dos soldados. “Eu nunca desisto das boas lutas e nem das ‘causas impossíveis’. Neste meu retorno para a Câmara, estarei firme para garantir que os combatentes de guerra que foram recrutados para o corte da borracha na Amazônia Brasileira possam receber o 13º salário. Negar-lhes isso é, mais uma vez, manchar a sua história”, ressaltou.