A Polícia Federal cumpre na manhã de hoje oito mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão contra financiadores e participantes dos atos golpistas de 8 de janeiro. A operação ocorre nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo.
Os pedidos foram expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Esta é a 6ª fase da Operação Lesa Pátria, realizada pela PF como parte da investigação que apura os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília, quando bolsonaristas invadiram os prédios dos Três Poderes.
As pessoas envolvidas nos atos golpistas podem responder pelos seguintes crimes:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado
Associação criminosa
Incitação ao crime
Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Quem já foi alvo da Operação Lesa Pátria?
Até a semana passada, quando foi realizada a 5ª fase da operação, a PF informa que foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 3 de prisão temporária e 37 de busca e apreensão.
Na primeira fase, em 20 de janeiro, foram presos Ramiro dos Caminhoneiros, apontado como um dos principais nomes na organização de caravanas aos atos golpistas, e Renan da Silva Sena, ex-funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Em 27 de janeiro, a PF prendeu Fátima do Tubarão, que viralizou em vídeo nas redes sociais dizendo que ia "pegar o Xandão".
Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, um sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de busca e apreensão. Ele não foi localizado.
No último dia 7, foi preso o ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF, coronel Jorge Eduardo Naime Barreto. Ele estava de folga no dia dos atos golpistas —havia pedido dispensa entre os dias 3 e 8 daquele mês.