A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) a Operação Feldberg, que visa desarticular organizações criminosas envolvendo servidores públicos de Rondônia.
Segundo a PF, foram descobertas irregularidades no alto escalão da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), como fraudes na eleição da presidência da casa, além da prática ilícita conhecida como “rachadinha”, na qual assessores “fantasmas” ou funcionários coniventes da ALE-RO repassavam mensalmente parte de seus vencimentos para as contas bancárias de investigados.
Procurada, a assessoria da ALE informou que, por enquanto, não vai se posicionar e aguardará o 'desenrolar' da operação para emitir uma nota oficial.
Além de cumprir mandados judiciais, como busca e apreensão, a PF pediu o bloqueio de contas bancárias e bens dos investigados, além do sequestro de imóveis e veículos, "que poderão alcançar o valor total de indisponibilidade de quase R$ 500 milhões".
Segundo a PF, a operação é feita em conjunto com o Ministério Público do Estado de Rondônia. Cerca de 200 policiais e 50 viaturas participam da operação.
Investigações conjuntas
Além de fraudes na ALE, a mesma operação apura irregularidades na Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) envolvendo pecuaristas, donos de frigoríficos e servidores públicos com a finalidade de sonegação fiscal e fraudes em financiamento rural.
A PF também apura grilagem de terras em áreas de conservação ambiental e sua utilização como ativo ambiental para fins de obtenção de vantagens/créditos junto ao estado, utilizando-se ainda de influência perante servidores da Secretaria de Meio Ambiente para a prática deste crime.
Procurada pelo G1, a assessoria do Governo do estado informou que ainda pela manhã deve se manifestar sobre a operação da PF.