O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico dos Santos, pediu à ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, a prorrogação do prazo de todas as medidas cautelares por mais 180 dias dos envolvidos na terceira fase da Operação Ptolomeu com extensão ao engenheiro Jander Rubem Nobre, ex-comissionado do Deracre, do Instituto de Pesos e Medidas e da extinta Secretaria de Desenvolvimento Regional e Urbano; José Ricardo Gonçalves, fiscal de contrato, e a empresa Rotina Construções.
De acordo com o documento encaminhado à ministra, “a quantidade de material apreendido justifica o prazo para que a autoridade policial conclua a análise pormenorizada de todo o apreendido. Assim, não é possível reconhecer a existência de retardo abusivo e injustificado, bem como não há excesso de prazo, seja quanto à formação da culpa, seja quanto à prorrogação das medidas cautelares impostas”.
O subprocurador também argumenta que “há fatos novos justificadores da prorrogação, com a extensão aos investigados discriminados no pedido policial” e acrescenta que “o não deferimento da dilação para as cautelares diversas da prisão provocará risco de prejuízo incontornável à atividade investigativa, porquanto os investigados terão condições de praticar atos que podem ameaçar a higidez da apuração policial, notadamente pelo exercício de poderes inerentes aos respectivos cargos públicos. Igualmente, faz-se necessária a prorrogação das cautelares correlatas à proibição de contratação com os entes federativos lesados, como medida de salvaguarda da ordem pública, evitando-se novos prejuízos ao erário”.