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POLÍTICA

Policiais militares podem ficar fora da reforma da previdência do governo do Acre

Policiais militares podem ficar fora da reforma da previdência do governo do Acre

A reforma previdenciária proposta pelo governador Gladson Cameli essa semana, e que está em análise na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deve deixar de fora os policiais militares. A exceção está praticamente definida pelo governo estadual, que deve aguardar a reforma da previdência dos militares da união para começar a alterar as regras localmente.

O Palácio Rio Branco manteve o silêncio desde a terça-feira, dia 05, quando as propostas de ajuste chegaram ao parlamento. Em meio à confusão causada pelos sindicalistas e servidores que resolveram invadir a Aleac, em protesto à forma com a qual o governo tenta aprovar as reformas, o governador resolveu silenciar.

O líder do governo na Aleac, deputado Gehlen Diniz, disse que a proposta é justamente para não haver questionamentos depois. “Não é que o governo vai tirar os militares, é que ainda não temos um espelho para nos basearmos. Já que o governo federal fez a reforma dos civis, vamos fazer dos civis. Quando houver dos militares, faremos também”, justifica.

Sobre o silêncio do Palácio e da equipe de Cameli, Gehlen minimiza: “O governo mandou a proposta. Não cabe mais a eles nada nesse momento. Agora é a hora de o parlamento agir, sem penalizar tanto o trabalhador”, avalia. Diniz também destacou que já existem oito emendas que devem ser apresentadas já na quinta-feira, dia 07.

“Vamos continuar dialogando com quem quer dialogar. Fizemos isso o dia inteiro aqui. Uma das propostas é justamente diminuir o desconto de 14% para 11% no que se refere aos servidores que ganham menos. É fazer justiça social, é fazer com que quem ganha menos, pague menos também.”, revelou o deputado.

O deputado lembrou que o problema na previdência está além da retirada de recursos do fundo previdenciário ainda no governo de Orleir Cameli, episódio lembrado nesta quarta-feira pelos deputados de oposição. Diniz lembrou que outro problema que agravou o cenário foi a legislação que equiparou salários de professores que antes só tinha o magistério aos de nível superior.

“Boa parte dos professores formados nesse momento, quando pegou o nível superior, muitos no mês seguinte já pediram a aposentadoria. Não podemos atribuir esse problema a apenas um governador. Por mais de uma década, pegaram o dinheiro da previdência que era descontado do trabalhador e passaram direto para o Tesouro. Essa não é a hora de jogar a culpa em um ou em outro, mas de resolver essa questão”, conclui.