A situação entre governo e policiais penais, ao que tudo indica, está longe de um acerto. A categoria já deliberou pela suspensão do Banco de Horas e deu início ao PPO (Procedimento Padrão Operacional) nas unidades prisionais de todo o Estado, o que ocasionou, entre outras coisas, a suspensão das visitas aos presos gerando protestos de familiares dos apenados em diversas regiões do Acre, inclusive com o fechamento da rodovia federal BR-364.
Na última terça-feira, 30, a categoria voltou a acampar no hall de entrada da Aleac. Agora, os policiais penais que estavam em função de chefia começam a entregar seus cargos.
Até o momento, os policiais penais detentores de Funções de Confiança na Unidade de Monitoramento Eletrônico de Presos (UMEP), de Rio Branco deixaram seus cargos à disposição do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC). O comunicado foi assinado pelos coordenadores e chefes de equipes da UMEP.
Em Sena Madureira, policiais penais masculinos e femininos também entregaram seus cargos de confiança, assim como em Cruzeiro do Sul onde coordenadores de segurança, administrativo e chefes de equipes entregaram suas funções. No Alto Acre os chefes das equipes A, B, C e D da UMEP de Brasiléia também entregaram os cargos, bem como os chefes de equipes do presidio de segurança máxima Antônio Amaro Alves.
De acordo com a diretoria da Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (ASSPEN/AC) o governo estadual e o IAPEN ajuizaram uma ação contra os policiais penais com multa diária de R$ 10 mil caso atrapalhem o bom andamento dos serviços das unidades prisionais.
A associação informa que “sobre o manifesto, vale ressaltar que em nenhum momento os policiais penais estão procurando atrapalhar o bom andamento dos serviços das unidades prisionais , estão somente buscando trabalhar dentro das normas legais que o serviço policial exige”.