A pretensão dos aliados do presidente afastado da Apex-Brasil, Jorge Viana, de se salvarem no Ministério do Meio Ambiente, com uma possível queda de Marina Silva do cargo, pode ficar apenas no imaginário. Isso porque a acreana conta com o prestígio não só de Lula como de organismos internacionais que estão de olho no Brasil com relação à preservação da Amazônia, por exemplo.
Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, nesta quinta-feira (25), o professor Bruno Carazza, que é ligado à Fundação Dom Cabral, afirma que as restrições impostas, pelo Centrão, às ações de Marina no Ministério do Meio Ambiente geraram “um ônus político imenso para Lula”.
De acordo com o professor, Mariana foi responsável também pela formação da frente ampla que elegeu Lula presidente, além de trazer “votos decisivos para a vitória eleitoral do petista. Além disso, põe em dúvidas o real comprometimento de Lula com a proteção dos povos originários perante o eleitorado de esquerda”.
E acrescenta: “extrapolando as fronteiras nacionais, medidas que enfraquecem a governança na área ambiental afetam a credibilidade de Lula no exterior, pois emite sinais dúbios sobre seu poder de liderança em ações concretas contra os efeitos das mudanças climáticas.