O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), defendeu nesta quinta-feira (13), em entrevista ao jornalista Astério Moreira, no Programa Gazeta Entrevista, que os partidos do campo popular progressista e democrático tenham em 2026 uma candidatura sólida ao Governo do Acre e ao Senado Federal.
“Na minha opinião, é que o campo democrático popular, esse campo que nós construímos lá atrás, precisa ter a coragem de se colocar na disputa. Você não reconstrói esse campo aderindo a um pedaço desse poder conservador, porque eles não têm a oferecer nada além do que apenas a disputa de poder. Não tem um programa avançado para o Acre. Eu penso que o nosso desafio é esse e não está sem tempo, não, está no tempo de fazer essa reflexão. Está no tempo de buscar essa construção. É preciso ter coragem de recomeçar. E recomeçar não significa recomeçar com as mesmas caras, com as mesmas pessoas, não. São com as mesmas pessoas ampliando, se colocando no centro da disputa”, disse Edvaldo Magalhães.
Ele mencionou que há um eleitorado receptível às ideias desse polo político. A prova disso foram os mais de 30% dos votos obtidos pelo presidente Lula em 2022, no Acre. Edvaldo reforçou que há um descontentamento por parte da sociedade com o governo de Gladson Cameli e a direita como um todo, que governam o Acre há quase sete anos.
“Existe na sociedade esse descontentamento. É preciso que um conjunto de forças se coloque para dialogar com esse setor da sociedade. Vou dar um exemplo aqui. O presidente Lula teve mais de 30% dos votos no Acre, no auge do bolsonarismo. Se o conjunto de forças democrática e popular, que apoia o Lula, tivesse construído um palanque para recepcionar esse eleitor, tivesse se apresentado com chapa para federal, de estadual, para recepcionar, poderia puxar uns 25% dos votos. Você tem na sociedade um canto para você se colocar”, destacou.
Com relação ao rompimento entre o governador Gladson Cameli (PP) e o senador Alan Rick (UB), ele mencionou que ainda não está claro, mas disse que ficou evidente a relação de desconfiança que há no campo da direita, com possíveis gravações de conversas.
“A motivação desse rompimento não está clara para o conjunto da população. Mas, são questões muito graves. Fruto de que? De disputa de poder. Então, esse bloco não é uníssono. Não quero entrar no mérito do rompimento, quero dizer que tem uma fissura neste bloco”, pontuou.