O vereador Aiache (PP) também se manifestou na sessão desta terça-feira, 26, na Câmara de Rio Branco, sobre as denúncias de assédio moral contra o superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas. O parlamentar reforçou que já assinou o requerimento para que o caso seja encaminhado ao Ministério Público, mas defendeu cautela quanto à abertura imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Aiache destacou que a Câmara já vem tratando do assunto, inclusive por meio da Comissão da Mulher, que ouviu relatos e acompanha as informações repassadas. Segundo ele, cabe ao Ministério Público conduzir a investigação com base em provas concretas.
“Assinamos o requerimento de afastamento e demos liberdade para o Ministério Público investigar. Eu não quero proteger ninguém. Se o superintendente fez algo errado, que pague. Mas precisamos de provas contundentes, não apenas relatos. Diminuir salário de cargo comissionado ou cobrar horário de trabalho, por exemplo, não caracteriza assédio moral. Quero ver provas claras para poder assinar uma CPI”, disse o vereador.
O parlamentar também apontou que a Câmara já enfrenta diversas demandas, como problemas no transporte público, na saúde e na infraestrutura, e não pode desviar de suas atribuições sem fundamentos sólidos.
“Não podemos usar uma CPI como instrumento de politicagem. Se o Ministério Público, após investigar, apresentar provas consistentes, serei o primeiro a assinar a CPI e levaremos até o fim. Mas, até agora, nada chegou de concreto”, completou Aiache, alinhando sua posição à do vereador Zé Lopes, que também defende a atuação inicial do MPAC.