O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), decidiu radicalizar contra os servidores da Secretaria Municipal de Educação (SEME) que estão em greve desde o dia 19 de julho, na capital acreana. A equipe da prefeitura acionou o Tribunal de Justiça para impedir que os servidores paralisem os trabalhos nas escolas.
O movimento é coordenado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), que tenta desde a deflagração conversar com o prefeito e encontrar uma solução para a crise no setor. Bocalom se recusa a dar aumento salarial aos trabalhadores, o que geral revolta e decepção nos servidores da pasta.
“Ontem ingressamos com uma ação pedindo a abusividade da greve. Foi distribuído ao Tribunal de Justiça e agora estamos aguardando a liminar. A Procuradoria-Geral do Município pediu a abusividade no sentido de que os servidores retornem ao trabalho”, explicou o secretário de Gestão Jhonatan Santiago.
Os profissionais pedem a recomposição de 14,95% nos proventos, após ter havido esse aumento no salário base do magistério. Esse pedido dos trabalhadores é para que sejam incluídos no reajuste dos professores, também aos profissionais do quadro administrativo.
Sem conversa direta com a categoria, o prefeito chegou a fugir pelos fundos da prefeitura, na contramão, para evitar os trabalhadores em greve em frente à prefeitura da capital acreana. A liminar deve ser analisada ainda nesta quinta-feira, dia 10, por um dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Acre.