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POLÍTICA

Presidente da Fieac critica parcelamento de dívidas apresentado por Gladson Cameli

Presidente da Fieac critica parcelamento de dívidas apresentado por Gladson Cameli

Fieac faz pressão por inauguração da ponte do Madeira e critica Refis; José Adriano faz retrospectiva de seu primeiro ano de mandato e manda recado para Governo

O presidente da Fieac, José Adriano, reuniu a imprensa nesta terça-feira, 10, para uma entrevista coletiva onde prestou contas de seu primeiro ano de mandato e falou sobre suas expectativas em relação ao futuro da indústria acreana. O evento foi realizado no auditório da Fieac, na avenida Ceará, reunindo representantes dos principais veículos de comunicação do Estado com um farto café da manhã para empresários e a diretoria da Fieac.

De acordo com Adriano, uma das grandes preocupações da classe empresarial do Acre é com relação às dificuldades que o Governo Federal tem encontrado para finalizar a ponte sobre o rio Madeira. Embora já tenha concluído 98% das obras, ainda não existe uma previsão de quando a ponte será inaugurada, pois falta a construção das cabeceiras, obra paralisada por falta de R$ 23 milhões em seu orçamento.

“Se não for concluída até o verão do próximo ano dificilmente a obra será entregue em 2020 e apostamos nesta ponte como um importante fator para a redução do custo de vida no Acre”, afirmou Adriano, informando que a Fieac fará a sua parte fazendo gestões em Brasília.

No plano estadual, Adriano disse que o governo de Gladson Cameli ainda está muito no princípio e a Fieac tem se colocado à disposição para contribuir. “Nós temos a compreensão de que quem está assumindo o Poder Executivo ainda tem dificuldade em saber como funciona a máquina e nos colocamos à disposição para somar”, comentou.

Adriano ressalta que os problemas no setor industrial refletem no sucesso ou no fracasso do setor primário, do comércio e da prestação de serviços. De acordo com ele, o ano que vem será muito curto por conta das eleições municipais e o governo estadual terá dificuldade ainda maior para implementar seus projetos.

“O Governo entrou com uma proposta bem clara para a economia do Estado, mas falta maturidade para entender como isso pode ser feito de forma eficaz, sobretudo para uma política que volte a gerar empregos”, observou Adriano.

O empresário disse, também, que discorda do plano de recuperação das empresas baseado no parcelamento de suas dívidas junto ao fisco, o chamado Refis, porque o pagamento em parcelas não segue o ritmo da economia, de forma que uma empresa que fatura X no verão não terá o mesmo faturamento no inverno, comprometendo a sua capacidade de quitar os débitos. “O parcelamento é muito bem-vindo, mas carece de um olhar diferenciado”, argumenta Adriano.