O presidente da União Municipal das Associações de Moradores de Rio Branco (UMAMRB), Jorge Wendeson Cavalcante, disparou uma séria de críticas contra a prefeitura de Rio Branco e disse que pode provar que o prefeito não arruma as ruas do Programa Ruas do Povo porque não quer.
Segundo Cavalcante, uma das ruas que havia recebido serviços do Ruas do Povo, criado pelo governo Tião Viana (2011-2018), chegou a ser pavimentada nocamente pela gestão de Bocalom. Nesta rua, segundo o líder comunitário, vive um dos secretários do prefeito, o que gerou revolta entre líderes comunitários de outros bairros da capital acreana.
O líder do prefeito chamou o prefeito aqui para ele ser chamado de mentiroso. A nossa dúvida sempre foi o por quê de a Prefeitura não entrar no Ruas do Povo. No Conjunto Esperança tem a rua Hélio Melo, e ela está há mais de um ano asfaltada, e ela está judicializada no Ruas do Povo. Sabe por que foi feita essa rua, gente? Porque lá mora um secretário do prefeito. É por isso”, revelou o líder da UMAMRB.
Segundo Bocalom, foi preciso recuperar, com recursos próprios, dezenas de ruas no bairro Vitória, na capital, sob o risco de devolver mais de R$ 80 milhões à Caixa Econômica Federal, problema que, segundo ele, se arrasta desde a gestão de Marcus Alexandre. Calcalcante vai além: “se está judicializada, porque fez a rua do secretário?”, pergunta.
Hoje sobra para nós, Zé [Bestene]. Sobra para nós do governo do Estado e para a prefeitura de Rio Branco. Eu não vou assumir o Ruas do Povo porque depende de mais de R$ 500 milhões, e a prefeitura já assumiu o problema deixado pelo seu Marcus Alexandre, que vem lá de 2012. A caixa pediu para a prefeitura arrumar, ou tem que devolver R$ 86 milhões, mas na época era R$ 35 milhões”, lembrou ao ser vaiado.