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POLÍTICA

Presidente do PT diz que apoia ação da PF no Acre, mas confia no "caráter" do prefeito de Xapuri, seu correligionário

Presidente do PT diz que apoia ação da PF no Acre, mas confia no "caráter" do prefeito de Xapuri, seu correligionário

A Operação Off-Label, desencadeada pela Polícia Federal nos municípios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves Marechal Thaumaturgo, Xapuri, Epitaciolândia, Bujari, Rio Branco, Jordão, no Acre; e Boca do Acre, Pauiní e Guajará, no Amazonas, foi elogiada pelo presidente do PT do Acre, Cesário Campelo Braga. O petista disse que apoia as investigações, mas confia no "caráter ilibado" do prefeito de Xapuri, Bira Vasconcelos. A Secretaria de Saúde do Município administrado pelo petista Bira foi alvo da PF.

"Todo apoio às investigações que buscam identificar corruptos que se apropriaram do dinheiro público. Corrupção mata nosso povo e corrupção na área da saúde mata ainda mais. Espero que as investigações resultem na prisão de quem for identificado como culpado e que estes devolvam o dinheiro do povo. Aproveito e reafirmo minha confiança no prefeito Bira de Xapuri, cuja a secretaria municipal de saúde também é alvo das investigações, Bira é um companheiro honrado e tenho certeza que ao final das investigações se comprovará seu compromisso e caráter ilibado na aplicação de verbas públicas. Quem cometeu ilícitos contra o erário público deve pagar com todo o rigor da lei."

A CGU constatou indícios de pagamento por medicamentos e insumos hospitalares que não foram entregues ao município e preços superiores aos praticados no mercado. Com isso, os auditores da CGU detectaram um prejuízo de R$ 309.014,60 ao analisar uma amostra de pagamentos de apenas R$ 631.267,49. Consequentemente, quase 50% dos pagamentos analisados causaram prejuízo ao município de Cruzeiro do Sul.

No decorrer das investigações, a Polícia Federal constatou indícios de que a fraude também vem ocorrendo nos municípios de Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Xapuri, Epitaciolândia, Bujari, Rio Branco, Jordão e Boca do Acre, Pauiní e Guajará. A principal empresa investigada recebeu mais de 70 milhões de reais de vários entes públicos durante o período de 2016 a 2019.