O senador Marcio Bittar está próximo de se tornar um liberal. Ele deve trocar o União Brasil, de Antônio Rueda, pelo Partido Liberal do ex-presidente Jair Bolsonaro. Convicto ser um político de direita, Bittar já teve os pés firmados na esquerda, inclusive, com forte formação teórica.
Um desses cursos, feito por Marcio Bittar, aconteceu na Rússia, que pertencia à União Soviética. As aulas de Teoria Marxista aconteceram em 1984. Bittar tinha apenas 21 anos de idade.
O senador acreano, que já foi ligado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), também já fez parte dos quadros do PMDB, atual MDB. Foi membro, ainda, do Partido Popular Socialista (PPS), que transitava pela centro-direita e pela centro-esquerda.
No Mato Grosso do Sul, em 1981, Marcio Bittar assumiu por dois anos a presidência da União Campograndense dos Estudantes (UCE). Já em 1984, prestes a vir para o Acre, fundou a União Sul-Mato-Grossense dos Estudantes (USMES). Também participou ativamente das “Diretas Já”, movimento que defendia o fim da ditadura militar e eleições para a presidência da República.
Marcio Bittar carrega em sua biografia, além dos mandatos de deputado estadual, deputado federal e de senador da República, uma passagem pelo primeiro governo do presidente Lula: foi chefe da Assessoria Parlamentar do Ministério da Integração Nacional. Carrega também várias derrotas nas urnas contra o Partido dos Trabalhadores, aos cargos de governador, prefeito de Rio Branco e de senador.