Se vier a ser aberto, o impeachment do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), vai envolver um processo que pode levar 90 dias. Durante este tempo, o pedido de afastamento tem que passar por duas votações na Câmara Municipal de Rio Branco, atualmente composto por 17 vereadores e sem base de sustentação do governo Tião Bocalom.
A primeira votação, que será aberta, e está marcada para acontecer nesta terça-feira, dia 31, é para decidir se a acusação contra o prefeito rio-branquense, feita pela advogada Joana D’arc, merece ou não ser acatada e passar a ser investigada pelos vereadores. A segunda é para efetivamente decidir ou não pela cassação, ao final dos 90 dias de investigação.
O prefeito Tião Bocalom, contudo, só deixa o cargo após a votação final do seu afastamento. Ainda assim, o impeachment pode ser contestado judicialmente e uma decisão provisória da Justiça pode barrar os efeitos imediatos da cassação. Quando for julgada, a contestação pode até derrubar de vez a decisão da Câmara Municipal.
Diferente do que muita gente pensa, se for cassado o mantado de Bocalom, também deixará o poder a vice-prefeita Marfiza Galvão (PSD), eleita em conjunto no ano passado. Isso porque a lei estipula que se cassado o mandato antes dos dois anos de gestão, ambos devem ser destituídos e uma nova eleição direta deverá ser feita.
Dessa forma, em caso de impedimento, assumirá a Prefeitura de Rio Branco o presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador N. Lima, que terá, por lei, 90 dias para cuidar da prefeitura e convocar novas eleições diretas, onde a população voltará às urnas para escolher novo prefeito e vice-prefeito.